
A crônica andarilha abre as malas memoriais para um tempo que ventou rápido, forrando o estômago e tonteando as ideias ventarolas.
Comilanças e vagabundagens etílicas rumo ao estômago. Beberrões e comilões, uni-vos!
Difícil esquecer os almoços de domingo na casa de meus pais, Terezinha e Roberto. Antes do almoço, meu irmão Pedro e eu preparávamos submarinos com cerveja e Steinhaeger. Minha irmã Mary era responsável pelos Alexanders para a irmã Sandra e minha mãe.
A vida nos dá de presente lembranças das inesquecíveis refeições, memórias e desmemórias etílicas.
Por falar em comida, a escritora Jussara Voss lançou um livro delicioso chamado Juro que comi, sobre suas viagens pelos restaurantes do mundo, deixando-nos com uma vontade danada.
Em São Paulo, estamos Angela e eu, batendo cartão na Marinho Falcão, 58, na Ria Livraria, bebericando uma cerveja, enquanto ela toma seu suquinho, água ou café. Ali podemos provar os pratos deliciosos dos mestres Penha e Antônio.
De lá, pegamos um Uber e chegamos à Francisca Miquelina, 155, no Cemitério de Automóveis, para assistir à peça Deve Ser do Caralho o Carnaval em Bonifácio. Após o espetáculo, batemos papo com os amigos. Tomo cerveja, enquanto Angelinha bebe sua aguinha com gás.
Um filme me causou estranheza: A Comilança (1973), de Marco Ferreri, com um elenco estelar — Michel Piccoli, Marcello Mastroianni, Ugo Tognazzi e Philippe Noiret. Em resumo, a fita trata de quatro homens de meia-idade que decidem comer até morrer dentro de uma mansão.
Insólita relembrança de minha juventude.
Continuo nesta toada faminta e embriagada.
Em 2013, no Rio de Janeiro, bebendo no Beco das Garrafas, na Rua Duvivier, 37, Copacabana, com Angela e o amigo Guilherme Tristão. Na mesa, uma porção de bolinhos de bacalhau; na mente, Vinicius de Moraes. Estivemos também no clássico Restaurante La Fiorentina, no Leme.
Em 1997, em Porto Alegre, tentando passar na prova para a Escola de Cinema de Cuba, na Rua dos Andradas, ao lado do amigo Binho Maturano, caçávamos o refrigerante Teem, lembrança afetiva de minha infância. O genial comercial da marca — Provoque a sede — mostrava um cowboy, em pleno calor escaldante de um deserto (?), entrando num bar e, com a boca seca, pedindo batatas fritas para, enfim, tomar um copo do refrigerante geladíssimo e acabar com a sede.
No final dos anos 80, bebendo no Largo da Ordem com meu irmão e sua turma, no London.
A crônica segue vagabundeando enquanto eu flano com minha caneca transbordando cerveja.
Chet Baker na cachola.
Por falar em bebida, submarino no Bar do Alemão, em Curitiba. O bolinho de carne da Dona Lúcia no Garden Café. Distrito 1340, com Angela e Simone, e um chopp Mutum Cavalo IPA para começar os trabalhos.
Restaurante Nina, na Marechal Deodoro, em Curitiba. Petiscos e chopes com o amigo Ayrton Jr.
A crônica comilona abocanha, revive goles e comes. Famigerada, não poupa nada nem ninguém.
Em Maceió, no Bar do Pato, tomando caldinho de camarão e bebendo suco de mangaba.
Ah, mangaba, mangaba celestial!
Bar do Zito, Massagueirinha da Jatiúca, voltaremos!
Esta crônica, cheia de fome e sede, de andanças boas e bucho cheio, não pode dar adeus sem antes lembrar da Churrascaria Per Tutti, na Avenida das Torres, que fechou as portas na pandemia. Momentos inesquecíveis passei ali com meus pais e minha companheira.
Dos botecos que cá e lá deixei, goles e garfadas. Muita história para degustar, doses para tontear o juízo, amortecer a noite, voar em espirais etílicas.
Strangers in the Night toca só para mim.
Daqui me despeço.
Bebamos! Comamos!
Que a vida seja leve, apesar da gula.
–
Fabio Santiago nasceu em Maceió (AL), em 1973, e está radicado em Curitiba (PR). Publicou os livros A marca do vampiro (compre aqui, 2023), Cantos temporais e Mar de sombras, ambos em 2022, Versos magros (2021) e Intramuros (2020). É formado em Comunicação Social e criador do blog Acre infuso, ativo desde 2004. Redes sociais: @fsantiago006 (Instagram) e Fabio Santiagoc (Facebook)
Respostas de 8
Aqui no Rio podemos fazer uma adaptação do rolling pubs para rodar pelos botequins e bares em busca de comes e bebes até perder o rumo.
Venham ao Rio de Janeiro!!!
Bebamos!!! Comamos!!!
Brindemos ao exímio texto e à amizade!!!!
🍺🧃🥂🥂❤️❤️
Salve, mestre Bernardo.
Rodaremos os bares do Rio, com muitos bebes, comes e ótimos papos.
Salve, querida Carol.
Este ano vai dar Rio!
Obrigado pelo carinho, um brinde à amizade.
❤️🌻✌🏻🙃🍻🥂
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Obrigado meu irmão pela viajem em suas palavras. Me fez lembrar quando a nossa mãe tomava três goles do Alexander e dizia: ‘ Este é o melhor Alexander que já tomei ‘ todos já estavam esperando a frase e riamos como fosse a primeira vez! Kkk
Feliz que tenha gostado, Pedrão. A clássica frase da Tequinha, impossível esquecer. Obrigado pela leitura, meu irmão. Um brinde.
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