Da dor, nasceu este texto por ocasião do meu pós-doutorado. Da necessidade de falar, nasceu este texto que agora você tem em mãos a fim de dar voz ao que nos ocorreu recentemente e nos atirou a esse caos agora cotidiano. Trata-se, sobretudo, de um exercício sem respostas, de observações tecidas no calor da escrita e do lamento pelo caminho que o país trilhava, e que se declinou na prática do genocídio diário seja na cidade, no campo, seja na periferia, nas favelas. Um genocídio que se perpetua desde o Brasil Colônia a matar os negros e os povos originários, a matar os que ousam discordar do Estado repressor e escravocrata.
A era da pós-verdade elegeu o negacionismo a desdenhar da ciência e da educação e instaurou o fascismo mortífero e pestilento. Contudo, nós elegemos a lucidez, a esperança e jamais abdicaremos do projeto de um Brasil soberano, justo e igualitário.
“Pátria livre, venceremos!”
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Maira Nobre possui graduação e licenciatura plena em Letras – Português-Literaturas pela (UFRJ); mestrado em Ciência da Literatura (UFRJ); doutorado em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologias pelo HCTE/UFRJ. Concluiu o pós-doutorado no Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/ UFRJ), onde desenvolveu o presente trabalho. Foi pesquisadora na Academia Brasileira de Ciências tendo trabalhado nos Projetos Ecologia e Biodiversidade, Microgravidade Zero e Memória Científica e atuou como lexicógrafa na Academia Brasileira de Letras. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa História das Ciências e das Técnicas no Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015-2017); pesquisadora no grupo de pesquisa Perspectivas Filosóficas em Informação (Perfil-i), do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (2020).