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DESCARTATAU – William Teca

Diante disso, é evidente que Leminski foi desses que quis fazer pastiche também. Fez pastiche de Rosa, de Joyce, de Pound, dos concretos, de Descartes, de Guilherme de Ockham, dos japoneses e de todo mundo de que ele gostava e desgostava. Contudo, ele está longe de ser entendido como um monge copista ou um poeta daqueles sem grande criatividade e que se “apoia nos ombros de gigantes” para produzir algum texto interessante. Em verdade, a dissertação de Teca se concentra justamente nesse aspecto, a saber, de que a capacidade de influência dada pelos escritores admirados por Leminski jamais o confinou a ser um literato mediano ou de pouca envergadura, e sim o fizeram como transgressor que ressignifica a tradição. De forma muito bem exposta, Teca vê na concepção de polifonia de Bakhtin o segredo que faz de Leminski um poeta que na sua capacidade de degradação ou de parodização de certos temas esteja, em verdade, abrindo a possibilidade para um maior nível de sentidos ou polissemias para com a palavra, gerando sentidos novos em relação aos antecessores. São, literalmente, muitas vozes, e todas agregadas são capazes de promover uma novidade: uma criação poética única e singular”.
 
Tarik Vivan Alexandre 
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ISBN: 9786589624653
Total de páginas: 144
Formato: 14X21 cm

R$ 49,70 R$ 24,85

Sobre o autor

William Teca nasceu em Curitiba, em 1975. Poeta, tradutor e músico, publicou Sinistros Insones (2017), Meia com Amargo (2019), Dois contos (2020) e Caderno felino do suicida (2021). Mestre em Estudos Literários pela UFPR, lança em 2021 Descartatau, resultado de sua pesquisa no Mestrado, na qual analisa a obra de Paulo Leminski. O livro sai em parceria com as editoras Zouk e Urso.