Sobre quem sou no passado, serei no presente e fui no futuro.
Em Entre Idas e Recaídas, Paulo Eduardo reflete sobre a substância da vida: amor, tempo e busca por significado são temas recorrentes em cada um destes fragmentos de sua vivência. A Existência, como sujeito ativo, memora em cada poesia um diferente momento na vida do autor, que se descobre e revolve, até a morte. E depois da morte, a pós-vida.
Como maré de fluxo e refluxo dos acontecimentos, Paulo evoca símbolos da contemporaneidade, mas constantemente tocando em sentimentos universais. Os planos real e virtual se confundem, sob malha da era pós-pandêmica. Na imposição do racionalismo irrefletido sobre os sentimentos, ocorre uma eclosão, um caos, calcado em certo mal-estar do mundo. Mas nos ensaios do cotidiano, há sempre nova chance do Amar — na redescoberta, no meditar e na reconsideração.
O escrever, para Paulo, é exercício de contínua declaração do estar-vivo, pois o sentimento é que há sempre algo por vir, uma Inquietude, uma não-correspondência, que só se encontra no refletir — como o Sol ilumina a Lua. “Entre Idas e Recaídas” é paradoxal, sobretudo, humano.
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Título: Entre Idas e Recaídas
Autor: PERJS
1. ed. – Curitiba : Kotter Editorial, 2024.
164p. : il.
ISBN 978-65-5361-300-3
R$ 64,70 R$ 45,29
Em sua obra Entre Idas e Recaídas, Paulo Eduardo mergulha nas complexidades da vida, explorando temas como amor, tempo e a busca incessante por significado. Desde o início, o autor nos convida a ponderar sobre a existência de uma forma única, sendo a vida tratada como um sujeito ativo que guarda memórias de momentos distintos através da poesia.
Paulo Eduardo nos apresenta um ciclo eterno de descoberta e introspecção. A morte não é vista como um fim, mas como uma transição para a pós-vida, elemento que permeia as reflexões do autor. A cada verso, ele descreve a existência não só como uma série de eventos, mas como um fluxo contínuo de recaídas e renovações, cada uma marcada por um novo entendimento.
A obra se desenrola no contexto de uma era pós-pandêmica, onde os planos real e virtual frequentemente se confundem. Paulo Eduardo critica a supremacia do racionalismo irrefletido sobre os sentimentos, um tema que ressoa profundamente em nosso tempo. Este conflito interno culmina em um caos emocional, refletindo o mal-estar contemporâneo.
Apesar das adversidades e da turbulência dos sentimentos, Entre Idas e Recaídas propõe que sempre há espaço para o amor. O autor vê no amor a possibilidade de redescoberta e transformação contínua. Esta visão otimista é um convite para abraçarmos a complexidade das nossas emoções e a constante oportunidade de renovação.
Através de sua escrita, Paulo Eduardo nos oferece um exercício de reflexão contínua sobre o estar-vivo. Entre Idas e Recaídas é, em essência, um espelho da condição humana, capturando a beleza paradoxal de nossa existência. O autor nos lembra que, como o Sol que ilumina a Lua, há sempre luz mesmo nas sombras da vida.
Paulo Eduardo, conhecido pelo acrônimo PERJS, se define como um “músico, produtor musical, escritor, desenhista e tudólogo” sem ordem de preferência entre suas múltiplas facetas. Nascido em 2002, é formando em Publicidade e Propaganda pela USP e Processos Fonográficos pela Faculdade e Conservatório Souza Lima. Já tentou estudar Física na UNICAMP, mas não resistiu: é nas artes onde se encontra por completo. Natural de São Paulo, mas sempre residente em Carapicuíba, seu pensamento se concentra no espaço urbano, na modernidade hipnótica e por muitas vezes aterrorizante, relacionamentos e no sentido maior da vida, qualquer que ela possa mostrar a ser. Entre Idas e Recaídas é sua estreia literária, publicada pela Kotter, e aborda tais sentimentos — as voltas e reviravoltas, as idas e vindas, as contradições da vida — numa persona que alterna entre o polido, o satírico e o internetês.