Lá, seremos felizes

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LÁ, SEREMOS FELIZES

mais uma peça no caleidoscópio amazônico de NICODEMOS SENA

Autor aclamado pela crítica:

“Nicodemos Sena, em seu formidável romance da Amazônia, demonstra ter um senhor pulso de romancista… É incrível a rede de fatores que o autor consegue reter na rede das palavras.”

Nelly Novaes Coelho / O Estado de S. Paulo

A noite é dos pássaros é uma obra fascinante, na qual o escritor transpõe as barreiras impostas pela mediocridade e voa em todas as direções, sonhando, deixando-se levar pelas asas de seu rico imaginário, entregando-se aos espíritos que habitam a natureza, lá onde está a sabedoria, o medo lutando contra a valentia, a metáfora da vida e da morte.”

Dirce Lorimier Fernandes / O Globo

 

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Naquele momento, Lázaro, nos seus dezessete anos de vida, sentia-se como um novelo de sentimentos contraditórios, formado por fios de paixão, desejo e medo, que se emaranhavam e embotavam por completo a razão. Seu corpo era como um único nervo engatilhado, prestes a arrebentar-se. Raimundo ao seu lado esquerdo e Aurélia no lado direito, corpos praticamente colados um no outro, atolados na lama, na quase completa escuridão. Lázaro procurou os dois olhos amendoados e muito negros da pequena rapariga. Justo nesse momento, viu que eles relampejaram de pavor ao ouvirem os passos chapinhados e o vozerio dos predadores que se aproximavam. Como o arrulhar de uma pomba ou o murmúrio de um vento suplicante, dos lábios de Aurélia saía uma prece. “Salve-nos Santo Antônio desta emboscada. Salve-nos Santo Antônio desta cilada”. Já não parecia ser a aranha fatal, que atraía os rapazes para suas teias visguentas para em seguida os deglutir com dentes vorazes, mas tão somente uma menina desamparada pelo destino, como a pequena cotia indefesa, que se enfia e se encolhe na toca procurando escapar das garras do felino faminto ou do arrocho da serpente impiedosa. Lázaro, em vez do lascivo desejo que o possuía só em pensar em Aurélia, sentiu uma doce compaixão pela frágil rapariga.

 

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LÁ, SEREMOS FELIZES

Nicodemos Sena

ISBN:9786553614024

220 páginas

16X23 cm

 

R$ 79,70 R$ 55,79

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Lá, Seremos Felizes – Uma Jornada de Dor e Esperança

Um retrato da humanidade no coração da Amazônia

Lá, Seremos Felizes, escrito por Nicodemos Sena, é uma obra que nos transporta para o coração da Amazônia e, ao mesmo tempo, para as profundezas da alma humana. Com uma narrativa vívida e cheia de emoção, o autor entrelaça histórias de sofrimento, perda e uma busca incessante por esperança.

Um cenário de contrastes

Ambientado em cenários rústicos, entre vilarejos ribeirinhos e os rios profundos da região amazônica, o livro captura a essência de uma terra que é ao mesmo tempo paradisíaca e cruel. É nesse contexto que personagens lutam contra as adversidades de um destino aparentemente imutável.

Personagens que tocam o coração

A jornada do protagonista, marcada por perdas precoces e encontros transformadores, reflete os desafios universais da existência. Em especial, a relação com um menino chamado Ninguém, que surge como símbolo de inocência e resistência, nos faz refletir sobre empatia e a complexidade do ser humano.

Uma prosa poética e envolvente

Nicodemos Sena combina descrições detalhadas e uma linguagem carregada de lirismo, que cativa o leitor e transforma cada página em uma experiência sensorial. A obra não apenas narra uma história, mas envolve o leitor em questões filosóficas e sociais profundas.

Lá, Seremos Felizes é uma leitura indispensável para aqueles que buscam entender as nuances da vida em suas formas mais cruas e belas. O livro nos lembra que, mesmo em meio às adversidades, o ser humano tem a capacidade de encontrar sentido e beleza na jornada.


 

0,Nicodemos Sena nasceu em Santarém, Amazônia brasileira (1958). Formado em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), e em Direito, pela Universidade de São Paulo (USP). Obras publicadas: A Espera do Nunca Mais – Uma Saga Amazônica (1999); A Noite é dos Pássaros (2003); A Mulher, o Homem e o Cão (2008); Choro por ti, Belterra! (2017); Ladrões nos Celeiros: Avante, Companheiros! (2018).