Como um rio esticado ao contrário

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Como um Rio Esticado ao Contrário reúne os textos dos quatro heterônimos do autor, relacionados, todos, a um elemento da natureza. Associado ao Ar, Pero Vás revela o lado casmurro, de poucos sorrisos e grande abrangência como observa a vida e o mundo: “Errante, entre montanhas, / Pastor de Ventos me criei. / Sempre achado em terras estranhas, / levado por ventos que não sei.”; associado à Terra, Clarice Almada mostra as nuances do olhar feminino, apaixonado, sonhador, do autor: “Palavras não me faltam, / o que me falta é ar. / O que sinto não para, / meu coração é que ameaça parar.”; associado à Água, Autista Baptista, é o olhar debochado, descontraído e ácido do autor: “Sejamos Sim! Sejamos Não! / ao mesmo tempo e outra vez! / Sejamos, pois, acima de tudo, / os que gritam com altivez: / Talvez! Talvez! Talvez!”; e o quarto, Salim Muleke, associado ao Fogo, é a expressão LGBTQIAPN+: Os lobos não gostam de princesas, / pois sabem ser eles – e não elas – / as presas.” 

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Como um rio esticado ao contrário

João Antônio Pereira.

1 ed.
Curitiba: Kotter editorial, 2025.
484 páginas

16X23 cm
ISBN 978-65-5361-423-9

R$ 154,70 R$ 108,29

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Como um Rio Esticado ao Contrário, de João Antônio Pereira

Uma travessia lírica entre a emoção e o tempo

Logo nas primeiras páginas de Como um Rio Esticado ao Contrário, de João Antônio Pereira, é impossível não se encantar com a sensibilidade visceral e a poética ininterrupta que molda o percurso do livro. A obra é uma verdadeira viagem pelas margens do tempo, onde a memória, a ausência, o amor e a dor desfilam em versos fluídos, ora densos, ora etéreos, conduzidos por uma lírica profundamente humanizada.

João Antônio explora, com rara sensibilidade, as ausências cotidianas, os vazios deixados pelos encontros desfeitos e pelos afetos guardados. Textos como “À Hora em que os Olhos Fecham” e “A Lágrima que Cai” traduzem o drama existencial com pungência e delicadeza. Os poemas investigam o tempo não só como cronologia, mas como experiência emocional. “A Marcha dos Sonhos Perdidos” é exemplo claro da percepção do tempo como espaço de deslocamento do eu lírico. Cada poema carrega uma intenção estética única. A escolha de palavras é precisa, carregada de imagens e símbolos, como no emblemático “A Biblioteca do Infinito”, onde o autor questiona o saber, a memória e a imortalidade da palavra escrita.

Em muitos momentos, a poesia torna-se também manifesto, como em “Ditadura Nunca Mais” e “As Grinaldas Vermelhas de Outono”, onde a estética se alia à ética e à denúncia social.

Como um Rio Esticado ao Contrário, de João Antônio Pereira é, em última análise, uma travessia por dentro da alma. Seus versos tocam o intangível e traduzem, em palavras, aquilo que o silêncio jamais poderia expressar.

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João Antônio Pereira é poeta, escritor, músico, letrista, compositor. Nascido em 10 de fevereiro de 1965, em Santos Anjos/RS, reside, atualmente, em Porto Alegre/RS. 

 Tem contos e poemas publicados na Antologia A.G.U.I.A. 2009 – Prosa e Verso; no livro Prêmio Lila Ripoll de Poesia 2010 – Poesias Vencedoras; no livro Amo de Ti – 6º Concurso Poético – Vol. XV – Instituto Piaget/Universidade de Almada/PT; na Revista Gente de Palavra nº 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12; na antologia Poesia do Brasil – XXI Congresso Internacional de Poesia (2013); no Projeto Vamos Ler o Mundo – Prêmio Literário Cidade de Porto Seguro – Contos Curtos (2009). 

 Seus principais títulos são: Menção Honrosa, no concurso de poesia Lila Ripoll (AL/RS-2010); certificado de Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa, Universidade de Almada/Portugal (2010); certificado de participação especial no grupo Poemas à Flor da Pele (2014); 3º lugar, categoria poesias, e 1º lugar, categoria contos, no 14º Prêmio Paulo Setúbal – Contos, Crônicas e Poesias. 

 Tem publicado, pela Editora Biblioteca 24 horas, o livro A Rígida Fluidez dos Ventos, do heterônimo Pero Vás (2015).