Que legado queremos deixar para as futuras gerações? Vamos destruir o mundo que temos hoje ou deixaremos um legado que possa inspirar orgulho nas próximas gerações?
Ao refletir sobre essas perguntas, é natural pensarmos em temas como o aquecimento global ou a preservação do meio ambiente — e de fato, esses assuntos também fazem parte da resposta. No entanto, aqui, o foco é outro: que tipo de mundo inclusivo deixaremos como herança?
Refiro-me a um mundo em que todas as pessoas possam ser incluídas sem discriminação; um mundo onde as pessoas com deficiência sejam tratadas com respeito às características únicas de cada indivíduo.
A forma mais efetiva de promover inclusão é garantir que todos tenham acesso pleno aos seus direitos — e isso, às vezes, exige que a igualdade seja compreendida não como tratar todos da mesma forma, mas como tratar cada um de acordo com suas necessidades específicas. Reconhecer a realidade de cada pessoa é essencial para tornar a igualdade algo genuíno.
É fundamental que a sociedade se adapte para acolher, sem preconceitos, as pessoas com deficiência, reconhecendo não apenas sua capacidade de aprender, mas, acima de tudo, sua capacidade de nos ensinar.
Promover os direitos das pessoas com deficiência não é apenas cumprir uma obrigação legal — é, sobretudo, afirmar um direito humano essencial.
E, respondendo às perguntas iniciais: sim, o maior legado que podemos deixar para as futuras gerações é a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Uma sociedade onde a pessoa com deficiência tenha espaço no mercado de trabalho, seja reconhecida por suas habilidades e contribuições, e possa viver com dignidade, respeito e oportunidade.
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Inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho
Álvaro Quintão.
1. ed. Curitiba : Kotter editorial, 2025.
172 páginas
16X23 cm
ISBN 978-65-5361-416-1
R$ 64,70 R$ 45,29
Disponível por encomenda
O trabalho de pesquisa que me trouxe até aqui deixa um aprendizado para toda a vida. Nele, adentramos um universo que nos permitiu compreender não apenas a história do conceito de deficiência e a forma como as pessoas com deficiência foram tratadas ao longo do tempo, mas, principalmente, os mecanismos eficazes para que a sociedade aprenda com os erros do passado e contribua para a construção de um futuro mais justo e inclusivo.
Este estudo evidencia as semelhanças nos tratamentos destinados às pessoas com deficiência no Brasil e em Portugal, destacando a necessidade não apenas de aprimorar a legislação vigente sobre o tema, mas também de apontar caminhos para torná-la efetiva na prática.
Demonstramos que pequenas atitudes podem transformar ambientes e locais de trabalho, permitindo que todos, em condições de igualdade — não apenas formal, mas substancial — possam exercer suas atividades, reconhecendo e respeitando as diferenças entre as pessoas.
Mais do que tudo, esta obra tem como objetivo chamar a atenção para um tema que se torna cada vez mais presente e necessário em nossa sociedade.
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@alvaro.quintao
Álvaro Sérgio Gouvêa Quintão é advogado, professor e palestrante. É pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade de Direito Cândido Mendes e mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa. Atuou como Conselheiro Efetivo da OAB/RJ entre os anos de 2010 e 2018, e ocupou o cargo de Secretário-Geral da entidade no período de 2019 a 2024. Foi Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ de 2018 a 2023, tendo se destacado na defesa das garantias fundamentais. Entre 2011 e 2020, presidiu o Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, contribuindo significativamente para o fortalecimento da classe. É sócio fundador do escritório Quintão e Lencastre Advogados Associados, onde atua com ênfase em Direito do Trabalho e Direitos Humanos.