Luca Barbabianca faz uma pausa em sua profícua e já consagrada elaboração de versos e rimas, para nos contemplar, desta feita, com uma intrigante produção em prosa que ele próprio imaginou como uma espécie de “oficina de criatividade e crítica”.
À medida que desenvolve o relato ficcional da vida de Ietitoth I, rei de Cetatico-tico, o autor nos revela episódios verídicos da história universal que poucos conhecem, principalmente alguns referentes ao papado, bem como tece comentários jocosos acerca de atitudes e fatos que nos remetem à contemporaneidade.
Dono de humor cáustico e grande erudição – fruto essa de exacerbada curiosidade e incansável dedicação à leitura – Barbabianca não facilita para seus leitores e nem lhes perdoa as eventuais dificuldades com o texto.
Sustentam esta minha afirmação a “Advertência” que precede o primeiro capítulo – onde se lê que “Se for para o bem de seus leitores, tudo deve ser perdoado ao autor” e o “Alerta final”, posposto ao último capítulo, sobre o qual nada anteciparei.
Mas, para ser justo com nosso autor, devo tecer-lhe elogio por ter colocado, em notas de rodapé, observações explicativas sobre termos, personagens, datas e fatos citados nesta obra.
A literatura, ou melhor, a linguagem é uma invenção mágica dos humanos, como, por exemplo, a pintura ou a arqueologia. Nesta, você pode encontrar pompéias enterradas umas sob as outras; naquela, se você escarafunchar com a unha, descobrirá por baixo outras camadas de tinta. E na literatura também é assim. Mais até, porque na literatura tudo é plágio, mesmo que seja de inéditos que ainda não tenham sido escritos, impressos ou publicados.
Antes de deixá-los, vou cometer uma pequena indiscrição e compartilhar com vocês uma confissão que o autor me fez:
– “Quando imaginei esta narrativa, meu escasso objetivo foi o de pendurar um sorriso no lábio do leitor para que o acompanhasse até o final”.
Os leitores é que dirão se ele conseguiu ou não seu intento.
prof. Walter Puccini
Luca Barbabianca
O autor Luiz Carlos Cicala escreve sob o pseudônimo literário de Luca Barbabianca. Paulistano do bairro do Cambuci, nasceu no início de 1946 assim que foi firmada a paz ao fim da Segunda Grande Guerra. O autor veio ao mundo completamente analfabeto, mas não era exceção. Por essa época mais da metade da população brasileira não sabia ler nem escrever.
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