“Conheci o Ewaldo por apresentação do amigo comum Walmor Marcellino, também poeta, também um lutador pela manutenção da Democracia. Falar da poesia de Ewaldo não é tarefa fácil, nem me atrevo aqui a querer fazer uma análise do estilo. Em Literatura sabe-me melhor o conteúdo. Para quem gosta de ler nas entrelinhas, atrevo-me a dizer que o poeta em questão não se preocupa se amor rima com flor. A bússola do Poeta aponta para uma realidade onde não importa a rima de palavras dengosas, e onde o pranto da dor de amor está colocado de uma forma criptografada. Neste Sangue de Pedra temos uma linguagem nova na Poesia, onde as mesmas palavras de sempre nos agridem com a criptocidade de sua invenção, e nos sacode para que acordemos do sono absurdo em que nos meteram.”
Nelson Padrella, poeta
Ewaldo Schleder
Comecei a escrever de tudo um pouco, entretanto – como quase sempre – com um verso na cabeça e uma namorada no coração. Foi nos anos 70, século XX. Desde então, de modo intermitente, faço poemas. Uma grande parte da minha poesia foi para o lixo, outra se perdeu, uma terceira alcançou publicação – em diferentes veículos e reuniões de poetas alhures na aldeia global. Agora, a propósito do número zero dos anos 20, século XXI, decidi ir buscar cerca de cinquenta poemas, concebidos desde o já distante 1970, para rechear este livro que tens em mãos. Mas o assunto aqui é poesia e não aritmética, certo? Pois então vamos a ela, tirar logo o leite dessas pedras.
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