Ilusão do Progresso criticada
O Progresso serve de epíteto laudatório para ações humanas baseadas no avanço tecnocientífico. No entanto, essa ilusão autoconfiante tem implicações nefastas, exigindo análise crítica. A Filosofia deve se dedicar a essa tarefa.
Hans Jonas denuncia o Progresso como uma ilusão otimista, porém perigosa, usada apesar de seu valor questionável. Começa descritivamente e avalia a validade das mudanças em andamento. O resultado é uma perspectiva crítica, que elenca novos valores como frugalidade, moderação e responsabilidade.
Verdades e ilusões
Ao dizer que verdades são ilusões como moedas sem valor, Nietzsche traduziu a tarefa filosófica de reconhecer ilusões cotidianas. Nenhuma ilusão foi tão decisiva quanto o Progresso.
Moeda sem Efígie contextualiza o pensamento de Jonas no cenário da crise ambiental. Busca atualizá-lo, uma vez que o diagnóstico é preciso, mas com consequências ainda piores.
Crítico do otimismo
O ensaio apresenta ao leitor os argumentos que fazem de Jonas um crítico ácido da ilusão do Progresso. Defende um Progresso cauteloso e, ao questionar ideias tidas como óbvias, convida a uma existência mais sóbria e responsável.
Sobre o autor:
Jelson Oliveira é professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR, onde atua na linha de pesquisa em ética e filosofia política. É pesquisador do CNPq, com pós-doutorado na University of Exeter (Reino Unido) e na Université Catholique de Louvain (Louvain–la-Neuve, Bélgica). É autor de diversos artigos e livros, entre os quais estão A solidão como virtude moral em Nietzsche (Champagnat, 2010); Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche (7Letras, 2011) e Negação e Poder: do desafio do niilismo ao perigo da tecnologia (EDUCS, 2018); A filosofia vai ao museu: aprender e ensinar filosofia com arte (EDUCS, 2021).
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