Silas Corrêa Leite
Poeta e escritor premiado nas horas vagas de reger aulas vivas, um criador que vaza pensares sobre seu tempo tenebroso (Brecht), sentidor e inventariante de incêndios, o autor Silas Corrêa Leite, zen-boêmico pela própria natureza, sonha consertar discos voadores, e, como disse no Programa Provocações da TV Cultura, de Antonio Abujamra, “corta os pulsos com poesia”. Plantador de livros polêmicos e diferenciados, acredita na arte como libertação, escreve alucilâminas, desvairados inutensílios e bulbos da sociedade pústula, ganhou prêmios de renome, consta em antologias e sites importantes, até no exterior. Sua frase predileta é “Feridos Venceremos”. O LIXEIRO E O PRESIDENTE é apenas um relato dessa turva terra brasilis, feito antena da época (Rimbaud), pois, parafraseando Caetano Veloso, “desperto ninguém é normal”, e, se toda a história é remorso (Drummond), nesses bicudos anos neoliberais de muito outro e pouco pão, somos todos animais perante a lei, mas o homem-animal-político (Aristóteles) berra as sequelas sociais do ódio customizado, pois, como cantou Cazuza, os imbecis estão no poder, e o fascismo que sempre está no cio (Maiakovski) fede. Contar é preciso. Salve limpo perdão da esperança? A arte como libertação. O LIXEIRO E O PRESIDENTE como registro e delação.
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