Em Obstinação, Salvatini da Silva retoma a antiga tradição dos hábeis contadores de causos, narrando as aventuras e desventuras do caboclo astuto Urbano, o Bano, do vilarejo Barro Preto, que tendo sua esposa Amelinha raptada como a Helena de Troia, empreende uma saga atribulada para resgatá-la. Nessa busca, vive as mais engraçadas aventuras junto a jovem Alice, filha de um grande fazendeiro e Dito, outro caboclo um tanto atrapalhado. Seguindo as pistas do paradeiro da raptada, acabam arrumando confusões e são perseguidos a tiros como nas cenas de um bom filme que mescla aventura e comédia. Numa dessas tentativas, Bano destrói o caminhão do avô de Alice, Chico Mineiro (atormentado pelas visões do futuro) e se vê condenado a servi-lo como Jacó a Labão a fim de pagar o prejuízo.
Neste romance burlesco, tudo parece conspirar para que o matuto Bano não consiga encontrar sua amada, tal como Ulisses não conseguia retornar para sua Penélope em Ítaca, sofrendo todas as intempéries imagináveis, como se tivesse fadado ao azar, “Num tô cum sorte!”, na sua fala acaboclada. E mesmo quando tem a chance de ‘ascender socialmente’ sabendo da paixão de Alice por ele, sua ética inabalável e sua obstinação em encontrar Amelinha não lhe permitem sequer cogitar em aproveitar-se daquela situação.
Toda essa aventura quixotesca construída num ambiente provinciano, contrastando a cidade e o campo, o futuro e o presente, as relações entre fazendeiros e agregados, tudo isso feito com uma boa dose de humor, redunda numa leitura deliciosa e dinâmica.
O desfecho é ainda mais interessante e inesperado.
Claudecir de Oliveira Rocha
SINOPSE
Eis um livro diferente de tudo que já vi. Verdade! A estória aqui contada – penso eu – ficaria melhor na tela do cinema ou da TV, onde servido de boa dose da bebida que mais aprecio, ou uma ordinária porção de pipoca, escarranchado no meu sofá preferido, sem preocupações para com o tempo, eu pudesse me divertir e, vez ou outra, emocionar-me.
Poderia me divertir com as cenas, muito além de cômicas, protagonizadas por Dito (mentecapto raquítico e banguela) cujas ações a nada servem a não ser para isso mesmo: divertir; ou exaltar-me-ia ante as vicissitudes arrostadas por Bano em sua obstinada busca, acolitado por Dito e Alice – em sua precoce razoabilidade contendora das maluquices por ele realizadas; ou, sendo eu um romântico incorrigível como poucos, emocionar-me-ia ante os encontros e desencontros amorosos protagonizados por um quarteto muito além de singular…
E, depois da primeira leitura, estaria eu a começar tudo de novo, ávido por reter para o resto da vida esta bela e aventurosa estória que, verdade seja dita, já me cativou como nenhuma outra foi capaz.
Coronel Chico Mineiro
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ISBN: 978-65-89624-36-3
400 pág.
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