Adilson foi apresentado às letras ainda menino da roça. Assimilou com
muita facilidade os sinais semânticos e seu encontros, e desde então pôs-
se a ler perdidamente. Passou e repassou “as mais belas histórias”,
entregou-se às revistas em quadrinhos, até chegar a idade de frequentar a
biblioteca pública. A bibliotecária era uma temida fera. O rapazinho
arriscou dirigir-se a uma das estantes e selecionar um livro para levar para
casa. “Iracema” estava por lá.
Veio o conhecimento de muitos outros mais. Por volta dos 15 anos já
rabiscava num caderno teimoso o que seria seu primeiro romance ”vidas
em conflito”. O avô advertiu-o sobre a possibilidade de plágio –
inteirando-se, moderou.
Seguiu-se um tempo de feras e margaridas. Agora aposentado com todas
as honras da casa em que serviu por 37 anos, Adilson finalmente vem à
baila publicando seus próprios títulos. O primeiro foi “os dentes de
Fortunato Broca e outros escritos”. Agora chegou a hora deste destoante argumento…
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