Vitor Miranda – esse jovem poeta é ar fresco na tradução do caos metropolitano que nos cerca. E também na observação das minúcias de belezas paradoxais com as quais esbarramos despercebidamente na velocidade do cotidiano. “nada é pior do que o abraço que permanece/ mesmo sem a pessoa ficar”. Romântico na essência, traz à baila os conflitos pós-modernos, a dor e a inquietude da busca para o que ainda não tem resposta. Vitor Miranda traz um brilho que o destaca, seja em performances musicais seja em simples leitura de seus textos – por um motivo muito simples: tem a postura de quem considera, como disse Sebastião Salgado, que a humanidade é o sal da Terra, que somos nós que colocamos esse tempero no planeta e que isso já é motivo suficiente para uma postura social em que a solidariedade é inerente. “quando pensamentos voam/ pela janela afora/ livres do cárcere”. E essa busca, que passa por Leminski e Gullar, só faz sentido quando se verifica no
dia-a-dia, olho-no-olho do cidadão comum. Vitor Miranda vai adicionando sem medida a revolta, paixão, suas dores, o samba, a fotografia e os papos sem fim nos botecos do Butantã. Numa profusão de sentimentos verdadeiros que, ao tomarem corpo, chegam a um resultado saboroso. Revelam, enfim, esses novos tempos que apontam para novas fórmulas de vivência. É o que o Vitor veio nos mostrar.
— Pablo Villar
Inverno de 2018
ISBN: 978-85-68462-71-3
96 pág.
R$ 39,70 R$ 27,79
Vitor Miranda
Vitor Miranda é leonino egocêntrico poeta boêmio com a lua em você. tem 28 anos e ainda não se formou em nada. paulistano de nascença e de vivência, procopense de amor, curitibano de poesia. autor dos livros Num Mar de Solidão e Poemas de Amor Deixados na Portaria e é também o poeta letrista fundador da Banda da Portaria.