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O momento era terrível, dor de barriga inesperada e intensa, logo cedo, quando o narrador ia de caminho ao trabalho. O lugar, mais desejado para aquele momento de sofrência, um banheiro público. Contudo ele encontrou algo nobre naquele lugar improvável, o obrigando a enxergar como: exótico. Arquiteto na meia idade, com suas angústias inerentes desta fase, amante da arte, pois entendia que tal gosto extraia a acidez da sua vida mesquinha. Nesse tal dia de merda, encontrou poesias escrita no rolo de papel higiênico do banheiro público, sendo assim, sentiu-se na obrigação de conduzir aquela nobre arte à um público mais refinado, protegendo a reputação do fazer artístico das bundas fétidas e posterior decomposição no lixo. Acompanhamos o narrador nesta saga, para encontrar o autor dos escritos. Nesse processo conheceremos diversos personagens, apenas por fragmentos de suas vidas peculiares, que também protagonizam essa busca. Quando encontrado o autor dos escritos, abre-se uma composição maior sobre a vida dele, poeta improvável. Assim somos envolvidos nos meandros de uma crítica refinada ao produto, obra de arte, como também da vida que queremos, em detrimento de aceitá-la como ela é. Com isso, muitas vezes, transformamos os desejos humanos em algo dissonante em si.
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Dejavù
Eu vi o amanhã…
Por que ontem?
Também vi!
(…) para apimentar esse conflito existencial, aparecem os poemas. Conclamando: medos, ignorância, amores, ambição, decepção, sonhos e ilusões, ou seja, nossa pequenez para romper o tempo, relativo. Às vezes, também o contrário. Serve de guia, autoajuda. Oferecendo o norte em nossa finita caminhada…
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Verão de 2022
total de páginas: 180
ISBN:9786553610361
Formato: 16X23 cm
R$ 59,70 R$ 41,79
Daniel O2, nasceu em 1976 numa Cohab no interior do estado de São Paulo. Engenheiro por formação, professor e violinista amador. Fragmentos, é o seu segundo livro. Também autor de, Aqui o Verde sempre foi Vermelho (2021).