Nos últimos anos, cientistas e formadores de opinião vêm criando
fóruns globais com o propósito de debater as implicações éticas da
inteligência artificial, da genética e da biotecnologia. A leitura de
clássicos da filosofia moral pode evidentemente contribuir para um
aprofundamento desses debates. Grandes nomes da filosofia como, por
exemplo, Aristóteles, John Locke, David Hume, Immanuel Kant, Jeremy
Bentham, e John Stuart Mill (para mencionar apenas alguns) fizeram
contribuições sem precedentes para a nossa compreensão da ética e
para a reflexão sobre os fundamentos da moralidade. De um modo ou de
outro, a leitura desses clássicos me orientou na concepção deste
livro. No entanto, não pressuponho aqui de modo algum que o leitor ou
leitora tenha lido as obras desses filósofos ou filósofas. A ideia,
pelo contrário, é que o leitor ou leitora se sinta estimulado a buscar
na leitura dos clássicos da filosofia moral o aprofundamento de algumas
discussões que, neste livro, serão por vezes apenas sugeridas. Por
outro lado, seria talvez ingenuidade acreditar que poderíamos encontrar
em clássicos da filosofia alguma resposta pronta e acabada para as
questões éticas suscitadas pela emergência de novas tecnologias. A
formulação dos problemas nessa área, e a busca por soluções, é
agora uma tarefa comum, que perpassa vários âmbitos de investigação.
Essa é uma tarefa importante demais para estar circunscrita à
metodologia deste ou daquele domínio particular de conhecimento.
Novas tecnologias e dilemas éticos – Inteligência Artificial,
Genética e a Ética do Aprimoramento Humano – Marcelo de Araújo
16×23
264 páginas
ISBN: 978-65-5361-107-8
R$ 84,70
R$ 84,70 R$ 59,29
Marcelo de Araujo doutorou-se em Filosofia pela Universidade de
Konstanz, Alemanha, em 2002. É professor de Filosofia do Direito da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Faculdade de Direito) e
Professor de Ética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Departamento de Filosofia), e pesquisador do CNPq e da FAPERJ na área
de Ética. Desde 2020 é Cientista Embaixador da Fundação
Alexander-von-Humboldt, instituição alemã de fomento à pesquisa.