Em seu livro de memórias “Memórias e Aventuras” de 1923, Arthur Conan Doyle revela sua experiência com a adaptação teatral de Sherlock Holmes. Mostra apreço especial pelo trabalho do ator William Gillette ao levar o detetive aos palcos.
Conan Doyle destaca um momento icônico: quando Gillette lhe enviou um telegrama perguntando “Posso casar Holmes?”. Sua resposta, “Você pode casar, matar ou fazer o que quiser com ele”, demonstra apoio irrestrito às liberdades artísticas do teatro. Além de confiar no talento de Gillette para trazer sua criação à vida no palco.
O autor expressa encantamento tanto com a peça quanto com a magistral atuação do intérprete de Holmes. Revela também satisfação com os resultados financeiros da empreitada.
Admira a arte teatral e o impacto de Gillette ao transformar o detetive, antes restrito à “anêmica página impressa”, em um ícone cativante nos palcos.
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Em 1923, Arthur Conan Doyle escreveu no capítulo XI. de “Sidelights on Sherlock Holmes” de sua autobiografia Memórias e Aventuras:
” … sobre a peça, que foi produzida muito antes, na verdade, na época da guerra dos Boers. Foi escrita e magistralmente interpretada por William Gillette, o famoso ator americano. Desde que ele usou meus personagens e até certo ponto minhas tramas, ele naturalmente me deu uma parte no empreendimento, que provou ser muito bem-sucedido.
“Posso casar Holmes?” foi um telegrama que eu recebi dele quando da concepção do script. “Você pode casar, matar ou fazer o que quiser com ele”, foi minha resposta sem piscar.
Fiquei encantado tanto com a peça, a atuação quanto com o resultado pecuniário. Eu acho que todo homem com uma gota de sangue artístico em suas veias concordaria que a última observação, embora muito bem-vinda quando ela chega, ainda que seja a última das quais ele pensa.”
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Carta ao Sr. Gillette
“Meu caro Gillette.
Posso acrescentar minha palavra àquelas que são endereçadas a você na ocasião de seu retorno ao palco. Que este retorno fosse com “Sherlock Holmes” é, naturalmente, uma fonte de gratificação pessoal, minha única reclamação é que você faz do pobre herói da anêmica página impressa um personagem muito afetado em comparação com o glamour de sua própria personalidade que você infunde em sua apresentação de palco. Mas de qualquer forma você está trazendo de volta ao mundo algo muito precioso em toda a sua grandeza, e eu me alegro em conhecê-lo.
Seu sempre
Arthur Conan Doyle”
Esta carta foi escrita por Arthur Conan Doyle em 25 de outubro de 1929 do Hotel d’Angleterre, Copenhague, Dinamarca.
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Sherlock Holmes – o estranho caso de Alice Faulkner – Arthur Conan Doyle & William Gillette
TRADUÇÃO: EDUARDO ESTEVAM LUCCHESI CUNHA
ISBN 978-65-5361-144-3
16X23 cm
136 páginas
dezembro de 2022
R$ 54,70 R$ 38,29
O criador de Sherlock Holmes deu carta branca para adaptações, revelam documentos.
Em seu livro de memórias Memórias e Aventuras, Conan Doyle elogia a peça e o trabalho do ator William Gillette, que o consultou antes de levar Sherlock Holmes aos palcos. Mostra apreço pela arte teatral e pelo impacto de Gillette na popularização do personagem.
Ao ser perguntado se Gillette poderia casar Sherlock Holmes, Doyle respondeu: “Você pode casar, matar ou fazer o que quiser com ele”. Essa confiança ressalta sua abertura para adaptações.
Uma carta posterior, de 1929, reitera a admiração ao afirmar que Gillette deu glamour e afetação ao “herói da anêmica página impressa”. Doyle se alegra pelo retorno do personagem aos palcos.
O criador de Sherlock Holmes deu carta branca para adaptações teatrais que transformaram o detetive da página impressa, conforme admiração expressa pelo próprio Conan Doyle.
Tags: Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, literatura inglesa, teatro
Metadescrição: Documentos revelam que Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, abençoou e elogiou a adaptação teatral do personagem pelo ator William Gillette.
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Sir Arthur Ignatius Conan Doyle (22 de maio de 1859 – 7 de julho de 1930) foi um escritor e médico britânico, nascido em Edimburgo, Escócia. Em 1887 ele criou o personagem Sherlock Holmes para o romance policial Um Estudo em Vermelho, o primeiro de quatro romances e cinquenta e seis contos sobre Holmes e Dr. Watson, que compõe o cânone oficial. As histórias de Sherlock Holmes são um marco no campo da literatura policial.
William Hooker Gillette (24 de julho de 1853 – 29 de abril de 1937) foi um ator, dramaturgo e empresário de palco norte-americano. Lembrado por escrever, produzir e interpretar Sherlock Holmes no palco e num filme mudo de 1916. São inúmeras as contribuições de Gillette para o teatro, como a elaboração de cenários realistas e efeitos especiais de som e iluminação. Sua personificação de Holmes praticamente criou a imagem moderna do detetive, como o uso do boné, do roupão e do cachimbo, fixando nas retinas dos milhões de fãs do detetive em todo o mundo.
TRADUÇÃO: EDUARDO ESTEVAM LUCCHESI CUNHA