O livro *”Domínio das Mentes: do Golpe Militar à Guerra Cultural”*, de Aldo Arantes, explora o avanço da extrema direita no Brasil e no mundo, situando-o dentro de um contexto histórico de “Guerra Cultural”. O autor recorre à teoria de hegemonia de Gramsci para explicar como a extrema direita exerce dominação ideológica, utilizando think tanks, a mídia e redes sociais. Arantes denuncia o lawfare e as fake news, destacando seu papel na perseguição de lideranças de esquerda e na criação de bolhas ideológicas. O autor também critica a influência das Forças Armadas e a persistência da Doutrina de Segurança Nacional. Além disso, alerta sobre o controle das Big Techs, que manipulam comportamentos políticos através de algoritmos. Arantes defende a regulamentação dessas plataformas e critica o neoliberalismo como sustentáculo da extrema direita, apontando seu impacto sobre os direitos trabalhistas e a democracia. O livro propõe a mobilização popular como resistência ao autoritarismo e à desinformação, sendo uma leitura fundamental para compreender o cenário político atual.

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Domínio das mentes: do golpe militar à guerra cultural

Aldo Arantes

1 ed. – Curitiba : Kotter editorial, 2024.
256 p.

ISBN: 978-65-5361-374-4

R$ 79,70 R$ 55,79

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“Domínio das Mentes: Do Golpe Militar à Guerra Cultural”, de Aldo Arantes

A obra “Domínio das Mentes”, de Aldo Arantes, explora com profundidade a ascensão da extrema direita no Brasil e no mundo, inserida em um contexto de Guerra Cultural. Essa expressão é o ponto de partida para uma análise meticulosa das estratégias que visam fortalecer o neoliberalismo e os interesses das elites, revelando o poder ideológico por trás dessas manobras. Desde o início, o autor faz uso da hegemonia gramsciana, oferecendo uma perspectiva detalhada sobre como as elites moldam a visão de mundo por meio da mídia, think tanks e redes sociais.

Hegemonia e o poder da extrema direita

Arantes, ao invocar a teoria de Gramsci, demonstra como a hegemonia cultural é uma ferramenta poderosa da extrema direita. Enquanto o Estado exerce coerção, as elites dominam o campo das ideias, utilizando estratégias sofisticadas para manter seu controle. Um exemplo claro disso é o engenheiro Charles Koch, citado como figura central no processo de disseminação do neoliberalismo, transformando ideias em políticas públicas através de think tanks.

Fake news e a era da pós-verdade

O livro aborda a questão do lawfare e como as fake news, amplificadas pelas redes sociais, reforçam preconceitos e criam bolhas de opinião. Essas bolhas, isoladas do diálogo crítico, pavimentam o caminho para a desinformação, consolidando o poder emocional sobre a razão. Arantes identifica esse fenômeno como parte de uma era de pós-verdade, onde a verdade é constantemente manipulada.

A influência das Forças Armadas e o risco à democracia

Outro ponto relevante é a análise do papel das Forças Armadas, desde a Constituinte de 1988 até a atual influência política. Arantes argumenta que essa influência militar é uma ameaça à democracia e propõe uma reformulação do ensino militar, focada na proteção da soberania nacional e da democracia.

A ascensão das Big Techs e o controle invisível

Arantes também critica o capitalismo de plataforma, alertando para o controle invisível das grandes empresas de tecnologia, as Big Techs, sobre nossos dados e comportamentos. Ele destaca a urgência de uma regulamentação, que proteja a privacidade dos usuários e previna a manipulação política por algoritmos que priorizam o engajamento em vez da verdade.

Neoliberalismo e os direitos trabalhistas

Por fim, o autor aborda o desmonte dos direitos trabalhistas, exemplificado pela Reforma Trabalhista de 2017, que fragilizou a classe trabalhadora. Arantes mostra como a extrema direita usa o neoliberalismo como base para promover desigualdades sociais e autoritarismo, propondo, em contrapartida, um modelo de desenvolvimento social e justiça econômica.

Em resumo, “Domínio das Mentes” é uma leitura fundamental para quem deseja entender o cenário político atual. Aldo Arantes oferece uma análise crítica e profunda da ascensão da extrema direita e da crise democrática, propondo a educação política e a mobilização popular como soluções urgentes.