Search

Chuva de verão

 

Chuva não se segura mais no rio do céu

E cai sobre o plantio e o campo vazio

Inunda o terreiro, invasão do riacho,

A calçada se arrasta descalça na lama;

 

Socorro! As rochas pelos caminho,

Por onde passam as procissões.

Socorro! Ruiu o barranco sobre a casa

De alvenaria, sobre a mesa da cozinha

 

Socorro! Nuvem correndo pela avenida

Tumulto – é o vento nu em disparada.

A seringueira caída despediu-se do mundo

E o edifício ruiu da mesma epidemia.

 

O carro boiando, atropelando a boiada,

A torre da matriz implorando socorro,

A montanha acostumada, sorria da pouca água:

Mal dava para lavar o pé do morro.

 

Cacique Juvenal Payayá

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *