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(Por Bruno Nogueira)

Pegamos o carro no sábado. Acordar cedo não é com a gente: saímos depois do almoço. Compramos em padaria um lanche para depois e caímos na estrada. 

Peirópolis fica a 20 minutos de Uberaba, e como bom sítio arqueológico, todo santo estabelecimento tem no nome referência temática: Dino Lanches, RestauranteSauro, Bar do Rex. Tudo ao redor de uma grande praça que tem no centro o museu arqueológico (única coisa fechada pela pandemia) e espalhados pelo gramado vários manequins de dinossauro mais ou menos realistas, em que todas as crianças do mundo querem subir. Em teoria, o lugar fica mais cheio aos domingos, mas mesmo hoje está bastante. Felizmente, não ficaremos aqui. 

Passamos por pequeno trecho de terra e em pouco estamos na usina abandonada. Estamos sozinhos, e Marina troca o vestido tranquila. Passamos pelos pedaços de construção velha, carros de boi desgastados pelo tempo, fornalhas enormes. Há confete metálico espalhado em alguns lugares, poluição deixada por fotógrafo anterior. 

Ficamos algumas horas ali, fotografando no processo de sempre: ela organiza tudo, arruma o foco, a exposição, se posiciona, eu tiro uma foto péssima, ela me dá algumas dicas e tentamos de novo. Tiramos várias fotos, exploramos o lugar, enchemos o pulmão com o cheiro do mato ao redor. Às vezes, carros ou camionetes param à entrada da velha construção aos pedaços, olhando com curiosidade, mas ficamos sozinhos na maior parte do tempo. No fim, ela se troca outra vez, e voltamos. 

Metade de um sanduíche, porém, não volta: fica com um cachorrinho simpático que, imagino, mora numa fazenda próxima. 

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