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No último domingo (18/12) Gabriel Boric foi eleito o novo presidente do Chile. O jovem político, de apenas 35 anos, derrotou o candidato direitista José Antonio Kast com uma significativa vantagem de 55,9% a 44,1%. A eleição de Boric, além de indicar novos ventos progressistas que sopram por toda a América Latina em um futuro a curto prazo como uma tendência, nos dá esperança (há tanto tempo perdida aqui no Brasil) de um futuro com mais empatia, com menos violência e com mais preocupação e consciência social. Nem tudo está perdido.

Desde 2013 o Brasil vem sofrendo com a ascensão de movimentos anti-democráticos e de extrema direita, ou com grupos que flertam com uma espécie de neoliberalismo aos moldes estadunidense ou chileno (da era Pinochet). Grupos como MBL, Vem pra Rua e outros (que em 2016 apoiaram o golpe de estado que destituiu uma presidenta eleita democraticamente e mais tarde com o bolsonarismo, no qual ainda estamos afundados e que ainda parece longe do fim), foram diretamente apoiados por um sombrio e, até então nem tão conhecido do grande público, autointitulado filósofo, o ultradireitista Olavo de Carvalho.

Desde a campanha presidencial de 2018 que Carvalho se tornou uma espécie de guru e de arauto da extrema direita brasileira. Negacionismo, terraplanismo, misoginia, racismo, homofobia, fake news e tantas outras facetas do ex-astrólogo moldaram toda uma geração de jovens burros e idiotizados pela idolatria a um falso messias, a um falso detentor daquilo que seria o “único conhecimento possível e válido” e inseriu jovens convervadores e deslumbrados na tão anunciada batalha contra o “marxismo cultural”, que foi uma das tônicas da campanha bolsonarista e de todos seus filhos nesses anos terríveis de um governo bruto, capenga, incompetente e nefasto. Levaremos anos para nos recuperar dessa destruição mesmo com a volta de um governo progressista.

Que o sopro de esperança que vem do Chile, terra de tantos nomes incríveis como Allende, Neruda, Alejandro Zambra, Gabriela Mistral, Marcela Serrano e tantos (as) outros (as) acorde nosso povo tão massacrado nesses últimos anos tensos e complicados. Viva o Chile! Viva a América Latina! Viva o Brasil (o Brasil real, não essa república neopentecostal protofascista).

Bom fim de ano na medida do possível.

Fora, Bolsonaro e Lula 2022! 

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