Arquipélago

O livro Arquipélago, de Luciano Martins Verdade, dialoga com a estética de um conjunto de ilhas próximas, mas não as mesmas. Os temas são correlatos, soam semelhantes. Os poemas com rimas, dotados de personalidade própria e inventivos, destacam-se ainda mais pelo uso de repetições, como no poema “Bares hipotéticos”. Este poema, em especial, lembra uma ciranda, um encantamento, com sua forma sofisticada composta por quatro estrofes de sete versos.

Destaques de Arquipélago

  • Bares Hipotéticos: Um poema que lembra uma ciranda e encanta pela forma, com quatro estrofes de sete versos, sendo um destaque pela sofisticação e repetição.
  • Porto Inseguro IV: Conversa com outras obras da literatura, trazendo humor, reviravolta e uma confusão carismática do eu lírico, como uma embriaguez poética.
  • Porto Inseguro XII: Faz referência ao poema “Quadrilha” de Drummond, integrando-se com a tradição literária brasileira.
  • Porto Inseguro XIII: Diferencia-se pela franqueza e confecção do som, com um tom mais silencioso e enigmático.

Seção “Montanhas Submersas”

A sessão “Montanhas Submersas” carrega uma forte herança romântica, explorando temas como o afeto e a solidão. A dicção de Luciano Martins Verdade é franca, desiludida e experimentada, subvertendo o herói romântico tradicional. Nesta sessão, os dísticos potenciam o tráfego marítimo e o itinerário poético deste arquipélago.

Última Seção

Na terceira e última seção, a estética do conjunto – próximo, mas esparso – é intensificada. Diferente das outras sessões onde os poemas eram amarrados por seu subtítulo, cada poema no Arquipélago recebe um título próprio. O investigador-explorador-poeta retoma seu mapa, acerta as coordenadas de sua bússola e se direciona ao afeto e à natureza novamente, desta vez, mais resignado.

Conclusão

Uma obra que merece destaque por sua inventividade, jogo de repetições e dialogo com a tradição literária. Com poemas que exploram diferentes tonalidades e temas, o livro se destaca como um arquipélago poético, onde cada ilha, ou poema, possui sua própria identidade e conexão com as demais.

Arquipélago, de Luciano Martins Verdade 

15×21
104 págs.
ISBN: em breve

R$ 49,70 R$ 24,85

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LUCIANO MARTINS VERDADE nasceu em São Paulo, Brasil, em 24 de abril de 1963. Cresceu às margens plácidas do Ipiranga, no bairro então bucólico da Zona Zul da capital paulista. Agrônomo pela Universidade de São Paulo e Ph.D. em Widllife Ecology and Conservation pela Universidade da Florida, foi professor do Campus Piracicaba da Universidade de São Paulo entre 1998 e 2024, quando se aposentou. Pesquisador reconhecido internacionalmente, com mais de cento e vinte artigos científicos e quase uma dezena de livros técnicos sobre ecologia, também é poeta, com cinco livros publicados.