(e-book) Tudo por dinheiro: a ganância da Lavajato segundo Eduardo Appio

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Todos os direitos autorais serão destinados às vítimas da Boate Kiss.

Por Salvio Kotter

• A Ascensão e Queda da Lava Jato
  • Entenda como a operação Lava Jato se transformou de uma investigação anticorrupção em um jogo de poder e ganância, segundo Eduardo Appio.
• Eduardo Appio: O Juiz Que Desafiou o Sistema
  • Conheça a trajetória de Eduardo Appio, o juiz que enfrentou as forças por trás da Lava Jato, expondo suas práticas ilegais e interesses ocultos.
• Corrupção, Poder e Conluio: Quem Lucrou com a Lava Jato?
  • Descubra quem foram os verdadeiros beneficiados pela Lava Jato, em um sistema que explorou a justiça em troca de ganhos financeiros exorbitantes.
• Os Bastidores da Operação: Casos e Polêmicas
  • Casos emblemáticos como Tacla Duran e Tony Garcia, e como eles revelaram as práticas de extorsão dentro da Lava Jato, segundo Eduardo Appio.

Nada do que soube ou sei será omitido, exceto, por força de lei, o que estiver protegido por segredo de justiça.

Eduardo Appio

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O Dinheiro Comandou Corações e Mentes na Lava Jato

“Todo o processo teve início com o acordo de leniência da Camargo Corrêa, homologado por Sérgio Moro em 2015.”

Ao criticar a Operação Lava Jato, Eduardo Appio afirma que ela “promoveu a impunidade no Brasil”. Em sua análise, embora a operação tenha exposto escândalos e denúncias de corrupção, a maioria dos grandes empresários envolvidos conseguiu evitar punições proporcionais aos seus crimes. Para ele, “os corruptores, especialmente os grandes empresários, saíram praticamente ilesos e impunes”, beneficiados por acordos de delação premiada que lhes garantiram penas leves, geralmente cumpridas em regime domiciliar.

Follow the money

A essência da crítica de Appio é que, sob o pretexto de combater a corrupção, o poder econômico prevaleceu. Aqueles com maior responsabilidade pelos crimes financeiros acabaram favorecidos por esses acordos judiciais, desde que contribuíssem para a “conta corrente consolidada” da 13ª Vara. Posteriormente, por meio de uma triangulação entre a Petrobras e o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), bilhões de reais seriam transferidos ao controle dos gestores da Lava Jato por meio de uma fundação privada, aprofundando ainda mais as suspeitas de desvio de finalidade da operação.

Tortura moderna

As prisões eram realizadas nas primeiras horas das manhãs de quinta-feira, estrategicamente programadas para que rendessem manchetes durante todo o fim de semana. Os detidos, algemados, eram levados de avião para Curitiba, onde desembarcavam e eram exibidos como troféus. Ao chegarem à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, eram colocados em celas imundas, com colchonetes encharcados de urina e infestados de pulgas, sendo mantidos isolados de qualquer contato por algum tempo, especialmente com a família. Na segunda-feira pela manhã, eram chamados para acordos de delação.

Isso ocorreu em diversos casos, inclusive envolvendo idosas—avós presas na frente dos netos—que não tinham culpa, mas possuíam conhecimento de detalhes. No caso de Paulo Roberto da Costa, o primeiro preso da Lava Jato, foi-lhe negado o direito ao banho por vários dias, além de ameaçarem processar sua filha. Era uma espécie de “Guantánamo”. Concedi um habeas corpus a Paulo Roberto da Costa em abril de 2014 e, a partir daí, entrei para a lista negra dos inimigos da Lava Jato.

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Tudo por dinheiro: a ganância da Lavajato segundo Eduardo Appio, de Salvio Kotter
16×23
Aprox. 320 págs.
ISBN: em breve