Yara: uma ópera às margens do Tibagi

A ópera Yara foi composta no Brasil, com libreto do alemão Otto Adolph Nohel e música do austríaco Josef Prantl. A obra estreou em 1936, durante um período significativo de imigração germânica e eventos históricos marcantes no Brasil e na Europa.

A História da Ópera Yara

O Enredo

Yara se desenrola no estado do Paraná, às margens do rio Tibagi. Rolf, um tirolês que imigrou para o Brasil após um trágico incidente em sua terra natal, vive como garimpeiro, tentando esquecer seu passado. Ele encontra Yara, uma índia de rara beleza e inteligência, e se apaixona por ela. A chegada de Maia e seu pai, também imigrantes do Tirol, complica a trama ao trazer à tona segredos e tragédias passadas.

Os Criadores da Ópera

Otto Adolph Nohel, autor do libreto, e Josef Prantl, compositor, eram figuras relativamente desconhecidas até a criação de Yara. A colaboração entre os dois, ambos austríacos, resultou em uma obra que capturou as dinâmicas sociais e políticas dos anos 1930, além de refletir sobre as interações raciais da época.

A Relevância Histórica e Cultural

Imigração Germânica e Contexto Histórico

Yara não apenas narra uma história de amor e tragédia, mas também explora temas como a imigração germânica e os movimentos políticos da década de 1930. A obra é um relicário das tensões daquele período, contemplando as facetas políticas e os movimentos imigratórios que marcaram a época.

Apresentações e Recepção

Yara foi apresentada seis vezes: quatro em Joinville (SC) e duas em Curitiba (PR). A recepção foi positiva, com críticas elogiando tanto a performance quanto a composição. A ópera foi bem recebida pelo público e pela imprensa local, destacando-se como um marco na história cultural das duas cidades.

Pré-venda
(Previsão: primeira quinzena de julho)

Yara: Uma ópera às margens do Tibagi, de Semitha
Formato: 13×19
Páginas: 88
ISBN: 978-65-5361-324-9

R$ 49,70 R$ 34,79

Consulte o frete e o prazo de entrega:

Semitha Cevallos é pianista e musicóloga. Sua formação se deu no Brasil e na Polônia. Pós-doutoranda em Letras pela UFPR, bolsista do Edital Capes-Solidariedade. Doutora pela UniRio. Mestre pela UFPR. Pós-graduada em Performance Solo e Música de Câmara pela Akademia Muzyczna J. I. Paderewskiego, Poznań, Polônia. Seus interesses de pesquisa são na área de musicologia histórica brasileira e polonesa da segunda metade do séc. XX em diante. A pesquisadora se concentra especialmente em temas da música brasileira de concerto, pouco pesquisados, ou assuntos que ainda não foram objetos de pesquisa. Sua tese de doutorado e dissertação de mestrado são textos fundamentais para o entendimento da ligação entre o Brasil e a Polônia na música contemporânea. Foi laureada em 2020 com o Prêmio Literário Outras Palavras, por sua coletânea de ensaios críticos Música Brasileira de Concerto: um tesouro a ser descoberto. Semitha é membro da Sociedade Internacional de Musicologia e do Grupo de Estudos em Música da Universidade Estadual do Paraná.