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A PRECISÃO DO REPÓRTER ASSOCIADA À ESTÉTICA DE UM MESTRE DO MELHOR USO DA PALAVRA, REVELAM PRECIOSIDADES EM CADA CRÔNICA “DE BIRINAITES, CATIRIPAPOS E BOROGODÓ”. POR PURO ENCANTAMENTO, RELI E RELI TRÊS VEZES.
ESCRITOR TARIMBADO NAS REDAÇÕES DE TV, O AUTOR LUIS COSME PINTO VIVE FOCADO NAS AVENTURAS DE PESSOAS ANÔNIMAS QUE FREQUENTEMENTE SE TORNAM AMIGAS. CARIOCA DE FALA DIVERTIDA, SORRISO LARGO, POR ONDE PASSA ELE IRRADIA EMPATIA, APREÇO PELA VIDA ALHEIA, PAIXÃO E LEALDADE COM OS AMIGOS.
COSME É UM ANDARILHO DA ESCRITA.
A FERRAMENTA É A ANDANCA, ESPÉCIE DE IMÃ NA SUA BUSCA PERMANENTE POR SINGULARIDADES DO CAMINHO, COMO ACONTECE NA VILA BUARQUE, BAIRRO ONDE MORA.
- Aqui mata-se a fome sem olhar o prato do vizinho… das calçadas se levantam mendigos… raquíticos imploram moedas… no vai e vem ruidoso do comércio miúdo… brechós, farmácia, lotéricas, chaveiros, uma infinidade de botecos… tudo popular, de olho em quem tem pouco para gastar.
NESTES TEMPOS DE SOCIEDADE DIVIDIDA, ESTA OBRA, CUJA LEITURA RECOMENDO COM VEEMÊNCIA, SE FAZ NECESSÁRIA POR ILUMINAR, COM LEVEZA E OTIMISMO, EPISÓDIOS EMOCIONANTES DE QUEM VIVE OS ”EXTREMOS EM SEUS EXTREMOS”.
CACO BARCELLOS
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Por pura preguiça de pensar ou falta de algo melhor para fazer, vem alguém e mata um gênero literário. A crônica está com seus dias contados, decreta o sabichão das letras. Teria alcançado o auge em meados do século 20, com seu maior representante, o “fazendeiro do ar” Rubem Braga; depois estacionado no tempo até desaparecer dos jornais e revistas.
A prova de que a crônica não morreu é este livro de Luis Cosme Pinto, carioca de Vila Isabel e paulistano de adoção. Estão aqui todos os ingredientes que fizeram e fazem dela um dos gêneros que melhor se aclimatou no Brasil. Mesmo nos assuntos mais espinhosos, o autor mantém um fino senso de observação, uma escrita límpida de registro informal e ao mesmo tempo suave, com voos líricos. Sobretudo há sempre uma boa história para contar, envolvendo figuras humanas de surpreendente riqueza.
Uma coisa que Luis Cosme sabe é encontrar os seus personagens, e traduzi-los para o leitor: Gilberto e suas cinco geladeiras (uma para cada relacionamento amoroso); Leda e as diferenças entre ter um problema e um “poblema”; a amizade musical de Jessé e Hildimar; a cama de pedra na qual Evaristo se deita. São relatos sensíveis, de quem se esforça para compreender o outro.
O cronista que você vai ler é um mestre dos diálogos, dono de um ouvido perfeito para eles. A crônica, vivíssima, agradece.
Alvaro Costa e Silva
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É cronista porque gosta de gente ou gosta de gente e por isso virou cronista?
Essa foi a pergunta que me fiz ao percorrer os primeiros textos deste livro, em uma leitura já enviesada por conhecer o Cosme há mais de 20 anos e saber que se tem uma coisa que ele gosta de fazer é bater um bom papo. Sabe aquela pessoa que olha nos olhos, presta atenção em tudo o que diz seu interlocutor, interessa-se pelos detalhes da conversa e, por isso, descobre histórias maravilhosas? Acredite: antes de ser um ótimo ‘escrevedor’ o autor desse livro sempre foi um ótimo ‘perguntador’.
Rita Lisauskas, jornalista e autora do livro ‘Mãe sem Manual’
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Birinaites, Catiripapo e Borogodó – Luis Cosme Pinto
196 páginas
ISBN 978-65-5361-156-6
16X23
R$ 64,70 R$ 45,29
Luis Cosme Pinto, carioca de Vila Isabel, mudou-se há mais de trinta anos para São Paulo. Antes de ser cronista, ganhou a vida escrevendo notícias. Foi repórter, apresentador, editor nas principais emissoras de TV do país. Jornalista e observador do dia a dia, viveu situações que transportou para o mundo da literatura. Cosme, desde a juventude, é apaixonado por crônicas, gênero brasileiríssimo capaz de transformar fatos miúdos em grandes histórias.
Birinaites, Catiripapos e Borogodó é o seu segundo livro.