Os novos contos de Infanta nos convidam a explorar a vastidão da alma humana. Através de narrativas entrelaçadas, a autora apresenta personagens complexas e imperfeitas, cujas histórias se cruzam e se complementam, revelando a teia intrincada de relações e emoções que compõem a vida.
As relações interpessoais, em suas diversas formas, são um tema central em Infanta. O conto Mulher Cão, por exemplo, retrata um relacionamento disfuncional, permeado por jogos de poder e manipulação, enquanto A Lição Horizontal explora a dinâmica complexa entre uma aluna e seu professor, revelando a fragilidade e a vulnerabilidade por trás das figuras de autoridade.
A autora não se esquiva de retratar emoções complexas e conflitantes, como a culpa, o medo, a raiva e a frustração. Em Mais Nova, acompanhamos a jornada de três irmãos que lutam para lidar com o abandono e a incerteza do futuro, enquanto em A Nossa Raça, somos confrontados com a decadência e a autodestruição de um casal viciado em drogas.
A busca pela identidade e liberdade é um fio condutor que perpassa toda a obra. Em Primeira Casa, acompanhamos a jornada de uma criança ainda em formação, que busca se libertar das amarras do passado e construir seu próprio caminho. Já em Anatomia de um Fantasma, somos apresentados a um jovem que luta para se desvencilhar da sombra do irmão falecido e encontrar sua própria voz.
Infanta é uma obra rica em detalhes e nuances, que convida o leitor a mergulhar em suas entrelinhas e construir suas próprias interpretações. As histórias, embora independentes, se conectam de forma sutil, criando um universo coeso e instigante. A autora utiliza linguagem poética e imagens marcantes, que evocam a beleza e a complexidade da experiência humana.
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Pré-venda
Previsão: segunda quinzena de fevereiro
Infanta, de Ana Queiroz
16×23
ISBN: em breve
150 págs.
R$ 59,70 R$ 41,79
Disponível por encomenda
Ana Queiroz é filha de um mecânico de aviões e de uma mãe excêntrica que ficava em casa e ajudava os pobres. Cresceu num bairro social onde transitava para a realidade do bairro da lata, onde conheceu, com a sua mãe, histórias de miséria, distúrbios mentais e abusos. O desejo do pai de voar e as histórias que a mãe trazia para casa moldaram o seu desejo de escrever. Dedicou-se durante mais de 15 anos à escrita de documentários e animações como argumentista, enquanto guardava na gaveta estas histórias pessoais agora publicadas.