Em Coliseu Tropical, Viegas Fernandes da Costa reúne alguns dos seus melhores poemas sobre a atualidade. Dono de uma verve afiada que consegue captar e poetizar, de forma contestadora, a realidade brasileira e, como um flâneur que observa os vários problemas dela, denuncia a injustiça e a desigualdade social, o sofrimento das pessoas mais pobres e como são vítimas de um sistema que perpetua a pobreza, a miséria, etc. Poemas bastante atuais que desafiam o leitor comum de poesia, são poemas epigramáticos que transitam na prosa, na crônica urbana, no microconto poético e no aforismo, que, por sua vez, nos lembram de grandes poetas como Mário Quintana, Manoel de Barros, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, além da verve amarga de um Álvaro de Campos, a persona de Fernando Pessoa. Mas Viegas tem estilo próprio, um modus operandi incisivo e sintético de que se utiliza para compor seu manifesto contra a superficialidade e o artificialismo da sociedade moderna, fazendo um contraste temporal do espaço entre o passado e o presente. Poemas que, como como bisturis, expõem nossas vísceras, as injustiças e desigualdades urbanas, as mazelas e a violência cotidiana estampadas com total indiferença nos jornais de sangue, pois nossa hipocrisia faz apenas maquiar a realidade, transformar pessoas que morrem todos os dias em números sem rostos, sem identidades, índices vazios de vida, vidas trancafiadas em contêineres, além da nossa indiferença sobre questões ecológicas. Viegas faz tudo isso de uma maneira que nos leva a contemplar a própria beleza do poema, as lembranças da relação do homem com a natureza, um mundo mais simples e mais humano, até mesmo um deus mais humanizado, além das coisas boas que guardamos na memória.
Claudecir de Oliveira Rocha
ISBN: 978-65-89624-27-1
114 pág.
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Leitura de texto do Coliseu Tropical
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Coliseu Tropical é um manifesto poético contra a superficialidade e o artificialismo da sociedade moderna, contra a injustiça e a desigualdade social, contra a violência e nossa indiferença sobre questões ecológicas e aos sofrimentos daqueles vitimados pela pobreza, contra nossa hipocrisia diária que julga a todos sem olhar para o espelho, contra nossa vida trancafiada em contêineres e muito mais. Temas bastante atuais que desafiam o leitor expondo nossas mazelas, mas que também nos fazem refletir sobre o que estamos fazendo com a nossa vida, sobre a nossa responsabilidade com o mundo. Poemas que transitam na prosa, na crônica urbana, no microconto poético e no aforismo, mas em todos há uma beleza própria da poesia, um ritmo lancinante, um arranjo de palavras que nos faz confrontar com nossa própria condição enquanto humanos, nossos defeitos e nossas virtudes, tudo o que nos diferencia e que outrossim nos aproxima.
Está aí um livro sui generis.
Claudecir de Oliveira Rocha
Viegas Fernandes da Costa
Viegas Fernandes da Costa nasceu no ano de 1977 em Blumenau (SC) e atualmente mora em Nossa Senhora do Desterro (cidade também conhecida pelo nome de Florianópolis) onde leciona História no Instituto Federal de Santa Catarina. É autor dos livros: Sob a luz do farol (2005), De espantalhos e pedras também se faz um poema (2008), Pequeno álbum (2009), Sob a sombra da Tabacaria (2015) e Coliseu tropical (2021). Seu livro Sob a sombra da Tabacaria recebeu o Prêmio Catarinense de Literatura.
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