Má-Fé – Tarquínio d’Ambrósio

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Um teólogo recém-formado, que por absoluta falta de opções, decide suceder o seu pai – pastor presidente – da igreja local. Uma pequena comunidade evangélica administrada como um negócio familiar. Ainda que em crescimento lento, gerava lucro suficiente para construir uma carreira segura e sólida.

Porém, um evento surpreendente dará visibilidade e mudará para sempre a história da pequena igreja, assim como a vida da comunidade de crentes. Tudo acontece numa atmosfera dominada pela vida mundana, em que o núcleo de membros não é tão santo como parece e todos sabem que a busca de uma vida de santidade é um faz de contas. A única coisa genuína é o pensamento de ser-se bem-sucedido e próspero em tudo. O resto é variável.

Uma crítica ao espírito mercantil que orienta e domina, aliás, sempre dominou a esfera organizacional da igreja.

 

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ISBN: 978-65-89624-31-8

192 pág.

 

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Tarquínio d’Ambrósio sabe bem como cruzar as narrativas no espaço-tempo no seu romance Má Fé, pois tanto o tema, assim como seu estilo lembram um pouco o de Raduan Nassar, o de Graciliano Ramos, o de J. D. Salinger, entre outros. Essa narrativa psicológica de autoanálise se inicia com um capítulo final e as cenas eróticas provocam o leitor. Em tom confessional, o narrador-personagem relata sua vida, da sua família e da comunidade ligados a uma igreja evangélica, concomitante as relações de poder e ambição dentro dela. Um drama que tem origem na figura paterna, um pastor que “superou” a vida mundana encontrando um refúgio no ministério da igreja. Com a morte do seu pai e pastor – profetizada por Dona Alda –, o jovem encontra-se num dilema existencial, moral e religioso porque não herdara a mesma fé, aliás nenhuma fé, e também não sente vontade de conduzir o rebanho órfão, salvo quando percebe que sua herança vinha sendo cobiçada por outros membros como o músico Breno e o pedreiro Seu Eustáquio, como os juízes no enterro de Ivan Ilitch (Tolstói). Observando toda a hipocrisia que circunda os pretendentes, revela o passado de cada um deles e seus interesses escusos, mas também não se exclui dos mesmos. Estabelecendo Dona Alda como único marco moral da história, religiosa dedicada à igreja e que morre de desgosto ao vê-la sendo incorporada ao conglomerado do Sr. Bispo. Vendo tudo isso, resolve reivindicar, quase sem querer, seu lugar de direito como reverendo da igreja, ao mesmo tempo que recebe em sua casa sua sobrinha Elaine, uma Lolita que vai abalar a sua vida monótona e fazê-lo aceitar seu destino como pastor.

C. O. Rocha

Tarquínio d’Ambrósio

Fulvio António Tarquínio Flores d’Ambrósio nasceu no ano de 1973 no Rio de Janeiro e atualmente mora na Europa.

Sua antipatia pelo ensino oficial que sabotou sua formação e se tornou uma autodidata desde então, estudando o que lhe mais apetecia como a literatura, a história contemporânea e a filosofia política.  Hoje, dedica grande parte do seu tempo a meditar, a ler e a escrever, além de ser um grande amante de longas caminhadas pelos bosques. Adepto da autogestão, entende que temos o dever de buscar novas alternativas sociais, econômicas e políticas, além de outros paradigmas, bem como uma nova relação com a espiritualidade tendo coragem para confrontar ideias castradoras.