O Progresso é uma marca central da Modernidade, servindo para exaltar ações humanas amparadas no avanço tecnocientífico. Tudo se explora e instrumentaliza, validado por uma ilusão autoconfiante. Porém, suas implicações nefastas exigem análise crítica desse fundamento civilizatório. A Filosofia deve entregar-se a essa tarefa e Hans Jonas empresta sua voz.
Ele denuncia o Progresso como moeda sem valor, embora usada como ilusão otimista, mas perigosa. Começa descritivamente e pressupõe esforço avaliativo da validade das mudanças. O resultado é perspectiva crítica, que denuncia a falsidade da moeda e urge novos valores, como frugalidade, moderação e responsabilidade.
Ao afirmar que “verdades são ilusões” como moedas sem efígie, Nietzsche traduziu a tarefa filosófica de reconhecer a validade de ilusões cotidianas. Nenhuma ilusão foi tão arraigada e fértil em implicações quanto o Progresso.
Moeda sem Efígie traz o pensamento de Hans Jonas ao cenário da crise ambiental. Objetiva atualizá-lo, pois seu diagnóstico é cada vez mais preciso, apesar de consequências ainda mais graves.
O ensaio situa o leitor no debate e apresenta argumentos que tornam Jonas um crítico ácido da “ilusão do Progresso”. Defende um “Progresso com precaução”. Ao criticar ideias tidas como óbvias, convida a existência mais sóbria e responsável.
Moeda sem Efígie – A crítica de Hans Jonas à ilusão do progresso
Autor: Jelson Oliveira
ISBN 978-65-5361-220-4
184 páginas
16X23 cm
R$ 69,70 R$ 48,79
O Progresso serve de epíteto laudatório para ações humanas baseadas no avanço tecnocientífico. No entanto, essa ilusão autoconfiante tem implicações nefastas, exigindo análise crítica. A Filosofia deve se dedicar a essa tarefa.
Hans Jonas denuncia o Progresso como uma ilusão otimista, porém perigosa, usada apesar de seu valor questionável. Começa descritivamente e avalia a validade das mudanças em andamento. O resultado é uma perspectiva crítica, que elenca novos valores como frugalidade, moderação e responsabilidade.
Ao dizer que verdades são ilusões como moedas sem valor, Nietzsche traduziu a tarefa filosófica de reconhecer ilusões cotidianas. Nenhuma ilusão foi tão decisiva quanto o Progresso.
Moeda sem Efígie contextualiza o pensamento de Jonas no cenário da crise ambiental. Busca atualizá-lo, uma vez que o diagnóstico é preciso, mas com consequências ainda piores.
O ensaio apresenta ao leitor os argumentos que fazem de Jonas um crítico ácido da ilusão do Progresso. Defende um Progresso cauteloso e, ao questionar ideias tidas como óbvias, convida a uma existência mais sóbria e responsável.
Sobre o autor:
Jelson Oliveira é professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR, onde atua na linha de pesquisa em ética e filosofia política. É pesquisador do CNPq, com pós-doutorado na University of Exeter (Reino Unido) e na Université Catholique de Louvain (Louvain–la-Neuve, Bélgica). É autor de diversos artigos e livros, entre os quais estão A solidão como virtude moral em Nietzsche (Champagnat, 2010); Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche (7Letras, 2011) e Negação e Poder: do desafio do niilismo ao perigo da tecnologia (EDUCS, 2018); A filosofia vai ao museu: aprender e ensinar filosofia com arte (EDUCS, 2021).