A arte necessariamente só pode existir e se completar em uma via de duas mãos: a da criação e a da contemplação. A mais bela estátua esculpida por um escultor iluminado nunca será arte se não vier ter aos olhos de outrem que a visualize e contemple em todos os seus detalhes e esplendor. “Trinta Poemas de Praxe”, do autor Adilson Teixeira dos Reis, exemplifica essa dualidade. Esta obra reúne uma série de versos que, se trancados em uma gaveta, seriam apenas alimento para traças. No entanto, ao serem lidos, tornam-se uma expressão vital e um estímulo para enfrentar a feroz luta do cotidiano.
“Trinta Poemas de Praxe” foi coligido e concluído no final da penúltima e no início das últimas décadas do milênio recém-transposto. Este período, marcado por feras e margaridas, refletia muitas incertezas nos desvãos psíquicos, terrenos amorosos instáveis e engajamentos políticos incertos. Consequentemente, o livro reflete a irreprimível vontade de acreditar que o universo do verso possa adoçar a vida e o mundo.
Nesta coletânea constam desde alguns toscos poemas rabiscados ainda em um teimoso caderno da adolescência até muitos outros compostos com a finalidade de emprestar algo que se propõe a ser começo, meio e fim de um livro de poesias. Os versos de Adilson Teixeira dos Reis, não só carregam a marca do tempo, mas também a evolução de um poeta em busca da perfeição através da palavra.
Talvez haja pecados por faltas ou por excessos – decorrência das imperfeições de cada um de nós, mas permanece o desejo de voar bem alto tendo as palavras como asas. “Trinta Poemas de Praxe” é uma jornada poética que nos convida a refletir, sentir e, sobretudo, contemplar a beleza da criação literária.
Trinta poemas de praxe, de Adilson Teixeira dos Reis
(Previsão: primeira quinzena de setembro)
15×21
44 págs.
ISBN: 978-65-5361-339-3
R$ 49,70 R$ 34,79
Disponível por encomenda
Adilson Teixeira dos Reis nasceu em Elói Mendes (MG), em janeiro de 1956. De uma família d e produtores rurais, fez seus primeiros estudos na cidade natal e em janeiro de 1973, integrando um programa de intercâmbio de estudantes, concluiu o segundo grau em Renovo – Pensilvânia – EUA, retornando ao Brasil em dezembro do mesmo ano. Em 1975, iniciou o curso de medicina na UFMG (BH). Participante na tentativa da realização do III Encontro Nacional dos Estudantes – UNE marcado para a capital mineira em junho de 1977, foi preso com centenas de outros universitários pela Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, que cumpria ordens do governo militar de então. De volta à liberdade, imediatamente, e em poucos dias, desenvolveu um surto psicótico, e com mais algum tempo, mesmo após vária tentativas, não conseguiu acompanhar o curso. Simplesmente abandonou a Universidade. Em 1983, prestou concurso para a Previdência Social, e admitido na carreira administrativa, prestou atendimento ao público até aposentar-se em fevereiro de 2020. Vive em Varginha (MG), onde convive em uma união homoafetiva que teve início há vários anos.