Francisco conta um episódio da infância vivida em Araquari, SC, sobre a posse de uma ossada de um sambaqui, uma espivetada travessura de conotação profanadora da sacrarqueologia. Mas a intensidade da transmissão do episódio soa como uma filogenia poética afetiva que só os voos da fantasia infantil propiciam aos adultos, no desfrute das lembranças.
A algaravia que as referências a pássaros, peixes, plantas e árvores produz naquele que lê, a sensação de que o voo é em bando, e que a prosódia tem a regência do maestro Spinoza, na sua elegia que deifica a natureza. Não como algo abstrato e intocável; pelo contrário, natureza existida, introjetada, como só no interior se experiencia. A natureza quase, franciscanamente, consagrada!
A causa desta obra é a homenagem que Francisco gostaria de prestar às suas origens, à mãe e à cidade. O gesto bom-belo materializou-se neste presente para todos.
Sueli do Rocio Silva
Inverno 2019
ISBN: 978-65-80103-53-9 (Brasil)
ISBN: 978-989-54566-4-2 (Portugal)
69 pág.
R$ 39,70 R$ 27,79
Disponível por encomenda
Francisco C Duarte
Nascido em Araquari, SC, e radicado desde 1973, em Curitiba, PR − é, entre outras coisas, Ph.D in Law e Professor titular de Direito dos cursos de graduação, mestrado e doutorado aposentado da PUCPR e Procurador do Estado do Paraná inativo. Formalizou mais de 25 livros jurídicos. É autor de Canto quase coro sambaquiano, que é o seu primeiro livro de literatura. Vive em Florianópolis/SC.