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por Pedro Carrano

 

Momento importante para o Chile e para a América Latina.

Em outra condição e momento político, as organizações populares no Brasil também propuseram, em 2014, uma Constituinte Exclusiva do Sistema Político.

Foram alcançados, por meio de um plebiscito popular, oito milhões de votos.

Falar de Constituinte é falar na alteração de um sistema de poder, atualmente concentrado e elitista, garantindo representação popular e direitos sociais. Nada de graça, tudo resultado de pressão popular nas ruas.

Após um ano de revoltas permanentes nas ruas, a população chilena conseguiu o direito a votar pela Constituinte. De acordo com o Serviço Eleitoral do Chile, 78,2% da população votou pela aprovação de uma nova Carta Magna, com rejeição de apenas 21,7% dos eleitores.

Os chilenos conseguiram ainda votar pelo direito de que os parlamentares constituintes sejam todos escolhidos por meio do voto, numa possível conquista para a participação e representação popular.

Programada para abril de 2021, serão eleitos os 155 representantes que participarão da redação da nova Carta Magna. Entidades sociais garantem que é a oportunidade, depois de muita pressão popular, para retirar da constituição a herança do período Pinochet e fazer uma Constituição centrada nos direitos sociais.

No Brasil, a Constituinte segue sendo uma bandeira reprimida, neste período conservador, mas que em algum momento deve voltar a partir das lutas.

 

Pedro Carrano é o responsável pelo Boletim de Notícias da Kotter. Pedro nasceu em São Paulo (SP), em 1980. Jornalista, militante político e pai da Clara. Tem livros de reportagem e poesia. “Meninos sem Matilha” é seu segundo volume de contos.

Imagem, Fonte: Colombia Informa

Revisão: Daniel Osiecki

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