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por Pedro Carrano

Eleições do dia 18 de outubro na Bolívia: direita tentar se unificar

 

 

Na Bolívia, a extrema-direita que deu o golpe do dia 10 de novembro de 2019, contra o então presidente aimará Evo Morales, teme a vitória eleitoral do Partido do Movimento ao Socialismo (MAS) nas eleições de 18 de outubro.

As pesquisas variam e são imprecisas. Mas, de acordo com o site Resumen Latinoamericano, o economista Luis Arce, do partido de Morales, tem 32,4% da preferência eleitoral, seguido do comunicador Carlos Mesa, com 24,5%.

Segundo os votos válidos, Arce logra 42,2%, seguido de Mesa com 33,1%, Camacho com 16,7%, Chi con 3,7%, Quiroga con 2,8%, Bayá con 0,8% y Mamani con el 0,7%.

Tuto Quiroga, ex-presidente, retirou a candidatura em nome da “derrota do MAS” e da unificação da direita. O mesmo havia feito, em setembro, a atual presidente Jeanine Añez, chamada “presidente de fato” depois do golpe de Estado de 2019.

Com o ex-presidente Evo Morales perseguido, Luis Arce é o nome da esquerda. Não é coincidência o fato de que todos os nomes que vêm atrás dele nas pesquisas, em busca de “barrar” desesperadamente a ascensão do partido de Evo, não têm raiz indígena e são brancos: Mesa, Camacho, Chi e Quiroga.

De acordo com as eleições naquele país, não haverá segundo turno se o primeiro lugar fizer mais de 50% dos votos ou 40% com vantagem de 10 pontos sobre o segundo lugar.

Entre as preocupações das organizações populares está a possibilidade de nova fraude, uma vez que a direita sabe que no segundo turno teria chance real de a unificação de derrotar Arce.

 

Pedro Carrano é o responsável pelo Boletim de Notícias da Kotter. Pedro nasceu em São Paulo (SP), em 1980. Jornalista, militante político e pai da Clara. Tem livros de reportagem e poesia. “Meninos sem Matilha” é seu segundo volume de contos. 

 

Imagem, Fonte: CENTRAL OBRERA BOLIVIANA

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