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A Kotter Editorial convida para o lançamento dos livros “Cosmogonias”, de Otto Leopoldo Winck e “Poemas Baseados”, de Ricardo Pedrosa Alves que ocorrerá simultaneamente no Restaurante Swiss – Terra da Batata.

Cosmogonias é o segundo livro de poemas de Otto Leopoldo Winck. Um título curioso para um livro de poesia. Da criação de que cosmos, de que mundos, afinal, trata este livro? Em chave existencialista, o poema homônimo fornece algumas pistas: “Os deuses nascem da angústia. / (…) / Não sou nada. Eles também. / Mas juntos criamos o mundo / pelo poder da palavra que é nada também.” Enigmas, paradoxos, explicações que não bem explicam: “A mim cabe admirar o que não tem explicação, / o que não faz sentido.” Da contraposição entre caos e cosmos, vida e morte, tudo e nada, nascem muitos dos poemas.

Otto Leopoldo Winck nasceu no Rio de Janeiro, capital, em 1967. Depois de uma passagem por Porto Alegre, radicou-se em Curitiba, em 1982. Em 2006 foi vencedor do prêmio da Academia de Letras da Bahia, com o romance Jaboc (editora Garamond). Em 2008 foi contemplado com uma Bolsa para Obras em Fase de Conclusão da Biblioteca Nacional e em 2010 recebeu a Bolsa Funarte de Criação Literária, com as quais, respectivamente, produziu um romance e uma novela, ainda inéditos. Em 2012 foi o vencedor do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, na categoria poesia, com o volume Desacordes.

Mais informações: https://kotter.com.br/loja/cosmogonias/

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“Leio nos Poemas baseados este verso, que me dá prazer: ‘a imagem é como a máscara é, e pessoa é como fausto é, e é como lúcifer sua imagem’. O texto é um objeto fetiche e esse fetiche me deseja. O texto me escolheu, através de toda uma disposição de telas invisíveis, de chicanas seletivas: o vocabulário, as referências, a legibilidade etc.; e, perdido no meio do texto (não atrás dele ao modo de um deus de maquinaria) há sempre o outro, o autor. Como instituição, o autor está morto: sua pessoa civil, passional, biográfica, desapareceu; mas no texto, de uma certa maneira, eu desejo o autor: tenho necessidade de sua figura (que não é nem sua representação nem sua projeção), tal como ele tem necessidade da minha. O que é a significância? É o sentido na medida em que é produzido sensualmente. Ricardo Pedrosa Alves escreve: ‘fausto fustiga o muito revolvido, religa os acidentes numa carne inconsútil e dura/quer o lembrar do leitor, numa briga, quando o fato e o boato combinam missa’. É chamado poeta, não aquele que exprime seu pensamento, sua paixão ou sua imaginação por meio de versos, mas aquele que pensa versos: um Pensa-Verso.”
(Texto baseado em trechos de Roland Barthes em O prazer do texto – tradução de J. Guinsburg)

Ricardo Pedrosa Alves (1970), é autor dos livros Desencantos Mínimos (Iluminuras, 1996) e de Barato (Medusa, 2011). É doutor em Letras e professor universitário.

Mais informações: https://kotter.com.br/loja/poemas-baseados/

A entrada é gratuita.

Esperamos vocês!

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