Por Pedro Carrano
Fernando Henrique Cardoso (FHC), em 1995 quebrou simplesmente o monopólio da Petrobras na exploração do petróleo brasileiro – o ex-mandatário reprimiu com o apoio do exército a greve de 40 dias do movimento petroleiro.
Diante da descoberta qualificada do pré-sal, Lula criou em 2010 o marco regulatório da partilha para as áreas recém-descobertas. Nele, a Petrobras detinha exclusividade de exploração e, no mínimo, 30% de participação em cada exploração na boca do poço.
Nossa gigante sofreu ataques durante o governo Dilma, por parte da Operação Lava Jato e espionagem por parte do governo dos EUA.
O governo golpista de Temer, ao lado de José Serra, buscaram romper o contrato da partilha e entregar nosso petróleo. Na contramão do que faz o mundo todo, marcado pela exploração de empresas estatais norueguesas, chinesas, etc. Desde então, temos visto também sob efeito da Lava Jato o bizarro nome de política de desinvestimento.
Agora, o fatiamento da principal empresa pública do país. A distribuição já foi privatizada e busca-se privatizar o refino.
“A alienação de metade do parque de refino brasileiro, prevista no programa de desinvestimento da Petrobras e ora em andamento acelerado, afetará a integração das atividades da empresa e resultará em perda de “market-share” e diminuição de receita”, afirma artigo de Eugenio Miguel Mancini Scheleder, no site Outras palavras.
“O desmantelamento do ‘downstream’ da nossa indústria de petróleo está ocorrendo de forma precipitada, a toque de caixa, sem um planejamento que considere os interesses do Brasil e dos brasileiros”, afirma o autor.
“O programa de desinvestimento promete transformar a Petrobras em uma empresa sem significado. Se nada for feito para impedir esse desastre, o Brasil iniciará, sob aplausos do mercado especulativo, a sua marcha batida rumo ao passado”, completa.
https://outraspalavras.net/crise-brasileira/petrobras-a-venda-das-refinarias-e-a-volta-ao-passado/
Pedro Carrano é o responsável pelo Boletim de Notícias da Kotter. Pedro nasceu em São Paulo (SP), em 1980. Jornalista, militante político e pai da Clara. Tem livros de reportagem e poesia. “Meninos sem Matilha” é seu segundo volume de contos.
Imagem, Fonte: Levante Ideias
Revisão: Daniel Osiecki