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por Fórum e Redação Kotter

 

O jornal Gazeta do Povo informou nesta sexta-feira (6) que decidiu manter Rodrigo Constantino em seu quadro de colunistas, apesar da fala recente dele interpretada como apologia ao estupro. A decisão ocorre em meio a um movimento de demissões por parte de outros veículos que também tinham vínculo com ele, como rádio Jovem Pan, Record, Rádio Guaíba e Correio do Povo.

Em transmissão ao vivo que culminou nas demissões, Constantino minimizou o caso de Mariana Ferrer, influenciadora que foi estuprada em Santa Catarina, e sugeriu que a culpa por um abuso sexual seria da vítima e não do agressor. Além disso, disse que castigaria a própria filha caso ela fosse estuprada.

Com isso, a Gazeta do Povo é dos poucos veículos de mídia empresarial que não dispensou Constantino do seu quadro, o que é sintomático da atual posição de extrema direita hoje do jornal.

Alegar que Constantino voltou atrás e “precisou” alguns posicionamentos chega a ser irônico. Afinal, depois de tantas demissões, como o colunista manteria a sua posição original depois de tantas demissões? A Gazeta foi seu último refúgio. A Gazeta com isso preservou seu colunista e suas próprias posições.

 

Pedro Carrano é o responsável pelo Boletim de Notícias da Kotter. Pedro nasceu em São Paulo (SP), em 1980. Jornalista, militante político e pai da Clara. Tem livros de reportagem e poesia. “Meninos sem Matilha” é seu segundo volume de contos.

Imagem, Fonte: ISTOÉ

Revisão: Daniel Osiecki

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