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Por Pedro Carrano

 

Quando Bolsonaro assumiu, no começo de 2019, ao olhar os países vizinhos, tinha uma situação e contextos favoráveis para suas políticas pró-EUA.

A Argentina era governada ainda pelo neoliberal Macri, as revoltas no Chile, Colômbia e Equador não haviam estourado.

Obrador, no México, apenas iniciava o seu governo de esquerda, depois de 40 anos de neoliberalismo naquele país. Na Venezuela, a situação era mais instável do que neste momento. Em novembro daquele ano, Evo ainda sofreria o golpe na Bolívia.

Entretanto, neste momento, o governo Bolsonaro olha para os países vizinhos e já não enxerga a onda de extrema-direita que se formava. Há uma intensa luta de classes no continente e, em vários países, o neoliberalismo está sendo rechaçado. De alguma forma, as populações estão conseguindo resistir. México, Cuba, Bolívia, Venezuela possuem governos de esquerda. Há resistências internas na Colômbia, Uruguai e Equador.

Uma derrota de Trump nos EUA complicaria ainda mais o lado de Bolsonaro.

Como afirma manchete do Brasil 247, o ex-ministro Rubens Ricupero, um dos diplomatas brasileiros respeitados em nível mundial, avalia que o isolamento do Brasil no mundo “será completo” caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não seja reeleito, disse Ricupero em entrevista ao blog do jornalista Jamil Chade.

 

Pedro Carrano é o responsável pelo Boletim de Notícias da Kotter. Pedro nasceu em São Paulo (SP), em 1980. Jornalista, militante político e pai da Clara. Tem livros de reportagem e poesia. “Meninos sem Matilha” é seu segundo volume de contos.

Imagem, Fonte: Política ao Minuto

Revisão: Daniel Osiecki

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