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A volta do governo Lula é promissora e alvissareira por muitos aspectos, motivo pelo qual trabalhamos por ela em toda a Baixada Santista.

O primeiro aspecto é o caráter democrático, respeitoso às instituições ao limite, a ponto de ter visto sua sucessora ser apeada do poder sem tentar nenhuma manobra, mesmo que esse apear tenha sido fundado em uma fraude, as tais “pedaladas fiscais”.

Da mesma forma, quando foi condenado sem provas por crime indeterminado, mesmo com a oferta do exílio faustoso, seguiu ao cárcere, buscando a reparação dentro dos parâmetros legais e constitucionais, demostrando grandeza e desapego.

Agora, como grande estadista que tem demonstrado ser, atua com os mesmos agentes que em passado recente foram algozes seus e de seus correligionários, respeitando o fato que tomaram decisões talvez equivocadas, mas dentro do escopo das atribuições de seus cargos.

Tudo isso aponta para que, depois do tumultuoso governo que amargamos, a normalidade, a cidadania e a civilidade voltem e se restabeleçam com consistência e perenidade.

Esse ambiente, esperamos, ensejará as condições para voltarmos a tirar do flagelo da fome os 40 milhões brasileiros que voltaram a ela, ano a ano, desde os primeiros movimentos golpistas. Esse tem sido o objetivo que Lula tem demonstrado colocar em primeiro lugar, algo que só podemos apoiar.

A classe dos engenheiros, à qual pertenço, tem motivos de sobra para redobrar as esperanças, notadamente o setor especializado em engenharia de tráfego, ou ainda, mais especificamente, o movimento ferroviário como um todo.

Nesse sentido, a Frente Nacional Pela Volta das Ferrovias – FerroFrente, que presido, dá as boas-vindas ao novo mandato de um dos melhores, senão o melhor presidente que já governou nossa nação.

As razões para que o saudemos são muitas, mas nos concentraremos aqui nas principais.

O Governo Lula em especial, mas o governo do PT como um todo, foi responsável pela volta dos investimentos maciços na construção de ferrovias, as únicas capazes de, a um único tempo, diminuir acidentes nas rodovias, reduzir as emissões nefastas de carbono, baratear o transporte e, portanto, o custo dos produtos, seja para consumo das famílias, seja para exportação, melhorando a vida do povo e aumentando a competitividade do país no mercado internacional.

Foram milhares de quilômetros de ferrovias entregues, depois de um hiato de mais de setenta anos sem investimento. A ferrovia Norte-Sul, a transnordestina, entre outras, devem entrar agora em nova fase.

Outra marca dos governos de Lula foi a participação da sociedade nas decisões de governo, por meio de encontros municipais, depois estaduais e finalmente federativos, alcançando com isso o atendimento das questões realmente mais fundamentais.

Nesse sentido, por se tratar de uma iniciativa que conta com os melhores especialistas da área ferroviária, a FerroFrente está apta e inteiramente disposta a contribuir nas discussões futuras, sem contrapartidas, apenas no sentido de cumprir seu destino, seu papel, de organismo de participação social no setor.

Temos disposição desinteressada para participar de conselhos, bem como de contribuir na formação órgãos externos de fiscalização das concessões ferroviárias, a serem formados de forma democrática por usuários e representantes da sociedade civil.

José Manoel Gonçalves Ferreira é cientista político, jornalista, advogado, engenheiro civil e doutor em Engenharia da Produção.Text

 

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