Boca de Garrafa – Coluna Acre Infuso – Fabio Santiago
por Fabio Santiago Ouvi ela dizer para uma outra fulana a expressão, “Boca de Garrafa”, pensei logo – O que seria isso? Talvez quisesse dizer boca de caçapa. – Não! É boca de garrafa mesmo, não guarda segredo, linguaruda, fofoqueira! Seria a amiga dela uma falastrona ou alguém que gosta de gastar a palavra? […]
E-mail para um jovem (não tão jovem) poeta – Coluna Pauleta
querido Raul, hoje recebi as suas “ligações”, que além de rasgarem, me reverberaram à mais inquietante ciranda com as palavras. apreciar a encruzilhada, fazer do corpo uma breve morada, girar a pomba como uma caixa de pizza dançando no vento: são dessas faíscas lúdicas com a vida, com a tragédia, com a linguagem, que […]
Cadê os autores da literatura infantil que estavam aqui? Não me diga que o gato comeu!
por Marcos Aurélio Ceccon Os autores de literatura infantil e infantojuvenil não são tão valorizados como realmente deveriam. Você não acha? A literatura infantil é e sempre será a grande incentivadora para as novas gerações de leitores. Fato! Se hoje somos uma pátria sem leitores é porque muitas pessoas não foram cativadas por aquilo que […]
“Subir pelo inferno, descer pelo céu” novo livro do poeta Marcelo Ariel, é um assombro – Tarso de Melo
por Tarso de Melo via Instagram @tarsodemelo76 “Subir pelo inferno, descer pelo céu” (Kotter, 2021), novo livro do poeta Marcelo Ariel, é um assombro. Diário, crônica, poema(s) em prosa. Potente-selvagem como toda a arte de Marcelo Ariel costuma ser – contra as expectativas, contra os automatismos. Pelo tanto que diz, pelo que deixa de dizer. […]
Dentes de metal – Bruno Nogueira – Coluna Carnívoros
por Bruno Nogueira Nossas ferramentas vêm dos bichos. A unha metálica das pás, o osso afiado das facas, a boca monstruosa das escavadeiras, tudo roubado à evolução dos outros. Talvez por isso me incomode tanto ver os monstros de ferro, especialmente a essa hora: o dia não terminou de nascer, e na penumbra as […]
Primeira crônica da cidade sem pandemia – Bruno Nogueira
Novembro. Calor insuportável. Ruas cheias, um número de máscaras menor que o ideal, mas maior do que esperava. O suor se acumula e umedece a máscara. Almoço num restaurante. Não sei em que ponto perdi as esperanças. Cuidados parecem fúteis quando ninguém a seu redor toma. Nem meus familiares nem os poucos amigos que me […]