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Sonho medonho – Crônica de Eugênio Vinci de Moraes

por Eugênio Vinci de Moraes A noite ia longe e o sono só procrastinava. Ouvi um plaft! Acendi a luz e me deparei com um papel pardo e timbrado largado na mesinha de cabeceira. Era um habeas corpus recusado pela Carmem Lúcia! Cocei a cabeça e um tufo de cabelos negros e oleosos grudaram nas […]

Muito além do jardim

por Eugênio Vinci de Moraes Nuvens confiscam o sol corpulentas. Uma membrana cinza amarra tudo sem mostrar os nós. O frio acorrenta-me os ossos às coisas que se engessam lá fora. Não há nada pra ver, nada sobre o que falar, ninguém passa por essa tarde, que deu um perdido por aqui. Encosto o olhar […]

Homens, homens, homens

por Eugênio Vinci de Moraes Uns homens vivem soltos perto daqui, num bar-mercearia do Pilarzinho. Isso não é bom. Rechonchudos e bravateiros, eles trombeteiam sua desinteligência cevada por algum coach mascu. A única mulher em campo está trabalhando, simpática e seriamente, atrás do balcão da mercearia. À distância, observa aquela equipagem pilosa e marombada espancando […]

Aqui o bicho pega

(por Eugênio Vinci de Moraes) Recentemente narrei-lhes os feitos da cadela Aika e dos elefantes on the road chineses. E do galo delinquente de Ivaiporã. Contava assim ter esgotado o bestiário no mês de junho, mas aí a Arara-Canindé de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, achou muito engraçado me botar cabreiro, subvertendo meus planos, e meter-se nesta crônica julina.  Mais sortuda que o galo do Paraná, a arara mato-grossense do sul não conheceu por dentro a cadeia verde-amarela. Pelo menos […]