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Não dormi, só ronquei – Fabio Santiago

Alguma coisa pode acontecer e atrapalhar o sono, tornar a noite um pesadelo. Quem, em viagem a trabalho, já precisou dividir o mesmo quarto da hospedagem com colega ou colegas, por contenção de gastos da empresa. Foi assim, naquela ilha de luzes e sombras, após 18 horas de trabalho, comida improvisada e o último gole, […]

A arte de odiar

Análise do romance Extinção, de Thomas Bernhard, no qual o escritor austríaco constrói uma espécie de tratado contra a existência João Lucas Dusi | Curitiba – PR   “Primeiro temi a vida, depois a odiei”, registra o personagem Franz-Joseph Murau no romance Extinção (1986), de Thomas Bernhard. Percebo agora que desde que comecei a ler […]

O amigo colombiano – crônica de Eugênio Vinci de Moraes

Um colombiano esguio como uma escultura de Giacometti abordou-me num domingo à noite. Escurecido pela pátina que a cidade lhe deposita todos os dias, pediu-me alguns trocados. Éramos ele e eu na rua vazia. Manteve-se à distância, à espera da minha devolutiva, com os olhos fixos numa roleta imaginária onde giravam as palavras sim e […]

Julho de 2020 – Parte 4 – Crônica de Bruno Nogueira

por Bruno Nogueira  Três e meia, Damiano estaciona à porta do Alberto. Distingue a seu redor o pagode que vem de lá e se mistura no ar com o funk que estoura em outra casa no quarteirão, em meio a conversas e vozes e gritos. Traz as seis cervejas que sobravam na geladeira do velho, […]

Ciclovias nunca antes pedaladas – crônica de Eugênio Vinci de Moraes

por Eugênio Vinci de Moraes. Pedalei como um remador de galés dia desses. O Tonico que me arrastou pra essa travessia ciclística. E a maré não estava nada favorável: fazia um frio islandês e uma garoa vassourava nosso rosto de quando em quando. Saímos do Pilarzinho rumo ao Jardim Social com destino ao Bosque de […]

Labiríntico 24 Quadros Morfeu – crônica de Fábio Santiago

por Fábio Santiago   Atravessam com pernas longas e desertas os meus sonhos, avançam pelo travesseiro e querem um bocadinho de vida na folha do papel, melhor dizer, na tela luminosa, que rouba o vigor dos olhos, os deixa miúdos, mudos. Não basta sonhar, tenho que guardar o que sobrou dos sonhos, secar a palavra, […]