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Uma taça – André Soltau (Conto a Gotas)

Para narrar essa história é preciso perder o medo de julgamentos morais que carregam ortodoxias e fés enviesadas. Conto a vocês para que tirem suas próprias conclusões. Clotilde, ou Clô, não tinha papas na língua. Quando precisava, dizia o que era necessário sem medo. E não importava a quem fosse. Tinha seu senso de justiça […]

Agosto mastigado (Fabio Santiago)

Agosto é um mês comprido, alguns dizem do desgosto. Outros, dando um sacode na cidade, gostam de viver neste a gosto. Cartas fora do baralho, em contraluz, o mês acorda os viventes, ou seriam os sobreviventes? O tempo não parou, passou antes de eu tomar um chopp. O rio serpenteia a cidade, em seu leito […]

Sob o céu de Paris, voo 820 (Flávio Viegas Amoreira)

Um cenário de conto de fadas naquele verão sob o céu de Paris. O casal Sampaio Vidal de tradicional família de usineiros de Araraquara morando num casarão construído por Ramos Azevedo próximo à Paulista ocupavam um dos assentos do voo 820 Rio-Paris no 12 de julho de 1973. Prometeram-se a viagem dos sonhos para comemorar […]

Querida palavra “querida” (Fabio Santiago)

Querida palavra “querida”, por muitos anos sofreste, injustamente, a insinuação deste cronista de que foste utilizada, pelo interlocutor (a), de maneira a expressar um fingimento, insinceridade, falsidade… Venho lhe pedir desculpas públicas, minha querida “querida”, e lhe dizer que utilizo-a da maneira sincera e carinhosa com todos, todas e todes, por que não? Deixando o […]

Torto, sujo e doentio: entrevista com Álamo Enfant

O calhamaço “Um mal-estar fundamental”, com suas mais de 1.400 páginas, dá rosto à barbárie humana ao reunir um sem-fim de pensamentos violentos e distorcidos  João Lucas Dusi   O horror e o entusiasmo serviram de combustível para Álamo Enfant – heterônimo de Rafael (somente Rafael, sim), conforme aparece na orelha do romance Um mal-estar […]

Zé Celso, xamã transmoderno

Pelas mãos de Pagu ungidos nos festivais dos anos 50 em Santos surgiram dois dos nomes mais viscerais do teatro brasileiro: o conterrâneo Plínio Marcos e José Celso Martinez Corrêa. Como numa corrente de forças dionisíacas foram os três a colocar a brasilidade em campo no teatro. Todos espectros foram depois radicalmente contemplados no mais […]